“É preciso
uma ação forte dos bancos estatais” - Fala do Ex-Presidente do BACEN
Henrique Meirelles
Concordo com o secretário
atual da Fazenda de São Paulo, quando diz que “observa
que, no Brasil, existem quatro grandes bancos, sendo dois deles estatais. “É
preciso usar mais o Banco do Brasil e a Caixa, pois eles foram muito úteis em
2008 e 2009”, diz. “É preciso uma ação forte dos bancos oficiais federais
ofertando recursos.” Ele lembra que, naquela época, o cadastro positivo ainda
não era público, uma vantagem da situação atual”, mas DIANTE DA MAGNITUDE DA QUEDA DAS RECEITAS DAS EMPRESAS,
EM TODOS OS SETORES DA ECONOMIA, AO MESMO TEMPO, conforme itens
1.4 e 1.4.1 anteriores, situação que não ocorreu na crise de 2008/2009, em que
tivemos, apenas, falta de crédito, DESACOMPANHADA DE COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO
INTERNO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, pensamos ser INSUFICIENTE
A AÇÃO FORTE, APENAS, DOS BANCOS ESTATAIS, como ocorreu na crise de
2008/2009, na época em que Henrique Meirelles era Presidente do BACEN, para
evitar o COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, ou seja, DADA A MAGNITUDE
DO PROBLEMA ATUAL CONFORME ITENS 1.4, 1.4.1, ABAIXO, TAMBÉM, É NECESSÁRIA AÇÃO
FORTE DOS BANCOS PRIVADOS, PARA EVITAR O COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA
Fonte - Link https://valor.globo.com/brasil/coluna/e-preciso-uma-acao-forte-dos-bancos-estatais.ghtml
0. Uma
das diferenças da crise de 2008/2008 para esta crise atual é que em 2008/2009 NÃO TIVEMOS COLAPSO
GENERALIZADO DO CONSUMO NO MERCADO INTERNO, conforme itens 1.4 e
1.4.1 abaixo.
0.1 Portanto,
as previsões do que aconteceu em 2008/2009 não podem ser aplicadas,
automaticamente, em PROGRESSÃO GEOMÉTRICA,
como resultado do que está acontecendo na atualidade. Se persistir o COLAPSO GENERALIZADO
DO CONSUMO NO MERCADO INTERNO, por mais uns 30 dias, o resultado
do que está acontecendo na atualidade, comparativamente ao que ocorreu na crise
de 2008/2009, estará em PROGRESSÃO ARITMÉTICA
e, neste caso de PROLONGAMENTO DO ISOLAMENTO
SOCIAL GENERALIZADO, que Deus nos ajude e tenha misericórdia
desta nação!!!!!
1. Concordo com o Senhor Henrique Meirelles de
que “Não se pode ter ilusão sobre o efeito da crise
provocada pela pandemia na economia”, conforme matéria do Valor
Econômico, transcrita no item 2 abaixo.
1.1 Meirelles está correto ao dizer que “Neste ano, a recessão será bem maior que em 2009, como
estima a totalidade dos analistas do mercado. Alguns chegam a dizer que o PIB
poderá cair 6%”.
1.2 Continua Meirelles “Em tal cenário, não é apenas a receita administrada pela RFB que será
bem menor, mas também a receita não administrada e a arrecadação da
Previdência, em virtude do desemprego que deverá ocorrer. “A queda da receita
vai ser muito forte”, disse uma fonte do governo”, afirmações com as
quais concordo.
1.3 Mas a queda das receitas das empresas,
também, vai ser muito forte, conforme itens 1.4 e 1.4.1 abaixo, razão da queda na arrecadação. Na
crise de 2008/2009, a queda das receitas foi mais restrita a um universo menor
de empresas, comparativamente à crise atual, que abarca todas as atividades
econômicas, de todos os setores econômicos, ao mesmo tempo, salvo alguns
setores que estão, momentaneamente, sendo beneficiados (vide item 1.4.d.e abaixo),
mas que também serão prejudicados, se persistir o COLAPSO DO CONSUMO
POR MUITO TEMPO, e toda a economia afundar no caos.
1.4 Da matéria intitulada “Crise do coronavírus faz
receita do varejo cair 24,7% entre março e abril”, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, transcrita no item 3 abaixo, de onde transcrevemos os itens seguintes, e
da matéria parcialmente transcrita no item 1.4.1 abaixo (“Companhias têm caixa limitado na crise” - Estudo da FGV
mostra que 80% das companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de
receita) tiramos os indicadores da tendência
de COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO NO
MERCADO INTERNO, o que não ocorreu na crise de 2008/2009:
a) “Bar: o segmento de bares e
restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril”;
b) “Com lojas fechadas por todo o
país, o faturamento do varejo caiu 24,7% no acumulado de março até ontem, dia
6, de acordo com levantamento feito pela credenciadora Cielo e obtido com
exclusividade pela EXAME. O maior impacto aconteceu entre a quarta semana de
março (quando a queda chegou a 52,3%) e a primeira semana de abril (quando o
recuo atingiu 43,9%). Já a segunda semana deste mês apresenta uma leve melhora
dos indicadores, uma vez que a queda arrefeceu para 43,1%”;
c) “O setor mais impactado foi,
sem dúvida, o de serviços cuja receita contraiu 50,8%. Esse segmento inclui empresas
de turismo e transporte (-63,4%), bares e restaurantes (-43,4%), serviço
automotivos e autopeças (27%), entre outros (-48,8%). No caso dos bens duráveis
– que englobam itens como vestuário (-50,1%), materiais de construção (-19%) e
móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (-39,7%) -, a queda foi menos
acentuada, de 39,9%”.
d) “Na contramão, estão os bens
não duráveis que tiveram incremento na receita no mesmo período. Farmácias,
supermercados e postos de gasolina viram seus números subirem 1,7%, com
destaque para as primeiras três semanas de março, quando o isolamento social
foi decretado em várias cidades. Na ocasião, a alta chegou a 11,4%”.
e) “O principal responsável por
esse salto foram os supermercados e hipermercados que acumulam um avanço de
17,4% de março até a segunda semana de abril. Já as farmácias contribuem com
uma alta de 4,4% no período. Por sua vez, postos de gasolina e outros bens não
duráveis frearam o indicador, com recuo de 24,1% e de 25,6%, respectivamente”.
1.4.1 Inicio da transcrição parcial da matéria,
transcrita integralmente no item 4 abaixo:
Companhias têm caixa limitado na
crise
Estudo da FGV mostra que 80% das
companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de receita
Fonte - Link https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/04/09/companhias-tem-caixa-limitado-na-crise.ghtml
Por Marina Falcão — Do Recife
09/04/2020 05h01 · Atualizado
Cerca de 80% das empresas com
alto nível de governança corporativa listadas na B3 têm caixa para manter suas
operações por 20 dias sem entrada de receitas. Essas companhias precisam pagar
seus fornecedores antes de receber de seus clientes finais, descompasso de
caixa predominante no universo empresarial do país.
A conclusão é resultado de um de
um levantamento produzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em
São Paulo, Oscar Malvessi, que compilou informações financeiras de 144 empresas
que compõem o Índice de Governança Corporativa (IGC) da bolsa brasileira, entre
os anos de 2010 e 2018. “Os números dão uma dimensão das dificuldades que a
maioria esmagadora das empresas no Brasil deve passar nessa crise por conta da
epidemia de coronavírus. É um cenário muito difícil”, afirmou o professor.
1.5 Também concordo com o secretário atual da Fazenda de São Paulo, quando
diz que “observa que, no Brasil, existem quatro
grandes bancos, sendo dois deles estatais. “É preciso usar mais o Banco do
Brasil e a Caixa, pois eles foram muito úteis em 2008 e 2009”, diz. “É preciso
uma ação forte dos bancos oficiais federais ofertando recursos.” Ele lembra
que, naquela época, o cadastro positivo ainda não era público, uma vantagem da
situação atual”, mas DIANTE DA
MAGNITUDE DA QUEDA DAS RECEITAS DAS EMPRESAS, EM TODOS OS SETORES DA ECONOMIA,
AO MESMO TEMPO, conforme itens 1.4 e 1.4.1 anteriores, situação
que não ocorreu na crise de 2008/2009, em que tivemos, apenas, falta de
crédito, DESACOMPANHADA DE COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO INTERNO DE TODA A
ECONOMIA BRASILEIRA, pensamos ser INSUFICIENTE A AÇÃO
FORTE, APENAS, DOS BANCOS ESTATAIS, como ocorreu na crise de 2008/2009,
na época em que Henrique Meirelles era Presidente do BACEN, para evitar o
COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, ou seja, DADA A MAGNITUDE DO
PROBLEMA ATUAL, TAMBÉM, É NECESSÁRIA AÇÃO FORTE DOS BANCOS PRIVADOS, PARA
EVITAR O COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, em função das
tendências apontadas pelos cenários e pelos dados abaixo:
Observações Importantes:
1.5.1) Haverá o COLAPSO TOTAL
DA ECONOMIA BRASILEIRA, se o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL,
para combater o coronavírus, não for equilibrado COM
AS MEDIDAS PALIATIVAS, intermediárias, de INJEÇÃO DE CAPITAL NAS EMPRESAS,
especialmente nas micro e pequenas empresas, para que estas tenham fôlego para
suportar, por curto espaço de
tempo, O MERGULHO PROFUNDO DA
ECONOMIA BRASILEIRA E MUNDIAL NA ESCASSEZ DE RECEITAS GERADAS PELO ISOLAMENTO
SOCIAL TOTAL.
1.5.2) Governo Federal,
Congresso Nacional, Ministério da Economia, Conselho Monetário Nacional, BACEN
e FEBRABAN tem apenas uma chance de evitar que a economia toda se afogue e tem UM CURTO ESPAÇO DE
TEMPO PARA ADOTAR AS MEDIDAS ASSERTIVAS! Ainda há tempo, mas
temos que ser rápidos.
1.5.3) Conforme matéria
constante do item 9 abaixo “Senado adia a
votação da PEC da orçamento de guerra para a semana que vem”,
disponível no link https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/04/07/interna_politica,842834/senado-adia-a-votacao-da-pec-da-orcamento-de-guerra-para-a-semana-que.shtml,
ou seja, trata-se da proposta do “ORÇAMENTO DE
GUERRA”, no valor de R$ 400 BILHÕES.
1.5.4) Esse “ORÇAMENTO DE GUERRA”, no valor de R$ 400 BILHÕES, é insuficiente para capitalização
das empresas, pois são necessários cerca de R$ 2,144
TRILHÕES para RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS EMPRESAS,
conforme item 4.6 abaixo, mas a PEC do “ORÇAMENTO
DE GUERRA” em questão, ao permitir realização de operações pelo
BACEN, permitiria ao BACEN realizar operações de RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS
EMPRESAS, diretamente pelo BACEN (80% risco tesouro), com
participação das instituições financeiras (20% risco instituições financeiras),
especialmente RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS,
PARA PAGAMENTO EM ATÉ 48 PARCELAS, COM INTERVENIÊNCIA DOS BANCOS NA
FORMALIZAÇÃO DESSAS OPERAÇÕES, COM BASE EM DADOS SOBRE O HISTÓRICO DE
FATURAMENTO DAS EMPRESAS PARA DEFINIR O VALOR DA RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO A SER
CONCEDIDO PARA CADA EMPRESA, EM SUBSTITUIÇÃO AO FATURAMENTO INEXISTENTE, EM
FUNÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL TOTLA, MAS ESSE FATURAMENTO INEXISTENTE SERIA
PROJETADO COM BASE NO HISTÓRICO DE FATURAMENTO A SER FORNECIDO PELA RECEITA
FEDERAL, para evitar fraudes, pode suprir a insuficiência do “ORÇAMENTO DE GUERRA” em questão.
a) Em 2013, a Receita Tributada de 5.139.056
empresas foi de R$ 14.123.498.034.499,50 (R$
14,123 TRILHÕES), em valores corrigidos pelo IPCA de 12/2013 a
02/2020, conforme planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita
Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing.
b) O “Comércio Varejista”, código CNAE 47
(vide aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”,
aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja
consulta é possível conforme item anterior ou no item 5.1 abaixo), composto por
1.673.120 empresas, ofereceu à
tributação da Receita Federal, em 2013, R$
1.830.923.752.838,82 (R$ 1,830 TRILHÕES), o que significa que o “Comércio
Varejista” faturou R$
152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2013.
c) Partindo da premissa de que o “Comércio
Varejista” tivesse faturado R$
152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2020, se não fosse o coronavírus, com a
redução de 24,7% na receita, conforme matéria intitulada “Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março
e abril”, transcrita no item 7 abaixo, disponível no
link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, isto significa que houve uma queda de R$ 37.686.513.912,60 (R$ 37,686
BILHÕES) nas receitas, apenas, do “Comércio
Varejista” , mas na prática essa queda foi maior
do que os R$ 37,686 BILHÕES, pois o faturamento real, em 2019, do “Comércio
Varejista”, foi maior do que o de R$ 2013.
d) Assim, se o “Comércio Varejista”, que
tinha 1.699.940 empresas atuando e empregava 7.958.237 pessoas, em 2015, conforme pode ser consultado no site da Receita Federal (planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”,
disponível no endereço citado no item 4.1.1 abaixo) e perdesse R$ 37,686 BILHÕES de
faturamento por mês, durante 06 (seis) meses, iria necessitar de recomposição
de faturamento, no valor de R$ 226,11 BILHÕES, para aguardar a eliminação gradativa das medidas de
ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do
mundo.
e) Observação: planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”,
disponível no link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing),
f) Se as micro e pequenas
empresas, do “Comércio Varejista”, responderem por 35% da recomposição de faturamento, no
valor de R$ 226.119.083.475,59 (R$ 226,11
BILHÕES), as micro e pequenas empresas, do “Comércio
Varejista”, iriam necessitar de recomposição de faturamento, via
linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$
79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a
eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia,
do Brasil e dos demais países do mundo.
g) Percebamos que estamos
falando que, apenas, que as micro e pequenas empresas, do “Comércio
Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de
crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$
79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a
eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia,
do Brasil e dos demais países do mundo, mas ainda temos micro e pequenas
empresas das outras 86 atividades econômicas, que podem ser consultadas na aba
“Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita
Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível
conforme item 1.6.19 abaixo.
h)
Desenvolvemos todo o contexto acima para dizer que a
aprovação de linha de crédito, pelo Senado Federal, para as micro e pequenas
empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES, com recursos do Tesouro Nacional, mas
infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES É INSUFICIENTE para evitar o colapso das
micro e pequenas empresas, no Brasil, é insuficiente para atender, apenas, o “Comércio
Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de
crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$
79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a
eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia,
do Brasil e dos demais países do mundo.
i) Além do “Comércio
Varejista”, existem outras atividades econômicas com queda de 50,8% no faturamento, sendo que o setor mais impactado
foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e
restaurantes e autopeças, conforme matéria transcrita no item 7 abaixo,
disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/
j) O Brasil tem uma janela de tempo reduzida
para injetar R$ 2,144 TRILHÕES (CÁLCULO VÁLIDO PARA QUEDA DE 25% NAS RECEITAS
TRIBUTADAS DAS 87 ATIVIDADES ECONÔMICAS, DE TODOS OS SETORES ECONÔMICOS),
na economia, dando 48 (quarenta e oito) meses de parcelamento de débitos para
as empresas, calibrando a velocidade de afrouxamento da ISOLAMENTO SOCIAL que
foi implementado no Brasil, e se passarmos do “ponto” dessa injeção de capital,
via bancos, nas empresas, especialmente, nas micro e pequenas empresas, a
economia do Brasil vai para o COLAPSO TOTAL, de forma irreversível.
k) Vide análise “Um
mercado à espera do Banco Central - BACEN Fornecendo Crédito Diretamente Para
as Empresas, Em Substituição as Receitas Que Caíram Abruptamente Para Que as
Empresas Paguem Essas Operações de Crédito de Recomposição do Faturamento Em
Até 48 Parcelas” – Fonte – Link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/um-mercado-espera-do-banco-central.html
Senado aprova projeto que cria
linha de crédito a micro e pequena empresa
1.6 Louvável a aprovação de linha de crédito,
pelo Senado Federal, para as micro e pequenas empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES,
com recursos do Tesouro Nacional, conforme matéria transcrita no item 6 abaixo
e disponível no link https://exame.abril.com.br/brasil/senado-aprova-projeto-que-cria-linha-de-credito-a-micro-e-pequena-empresa/,
mas infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES não serão suficientes para
evitar o COLAPSO DA ECONOMIA BRASILEIRA, conforme passamos a expor os
fundamentos dessa afirmação.
1.6.1 Em 2013, a Receita Tributada de 5.139.056
empresas foi de R$ 14.123.498.034.499,50 (R$
14,123 TRILHÕES), em valores corrigidos pelo IPCA de 12/2013 a
02/2020, conforme planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita
Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing.
1.6.2 O “Comércio Varejista”,
código CNAE 47 (vide aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”,
aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja
consulta é possível conforme item anterior ou no item 5.1 abaixo), composto por
1.673.120 empresas, ofereceu à
tributação da Receita Federal, em 2013, R$
1.830.923.752.838,82 (R$ 1,830 TRILHÕES), o que significa que o “Comércio
Varejista” faturou R$
152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2013.
1.6.3 Partindo da premissa de que o “Comércio
Varejista” tivesse faturado R$
152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2020, se não fosse o coronavírus, com a
redução de 24,7% na receita, conforme matéria intitulada “Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março
e abril”, transcrita no item 7 abaixo, disponível no
link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, isto significa que houve uma queda de R$ 37.686.513.912,60 (R$ 37,686
BILHÕES) nas receitas, apenas, do “Comércio
Varejista” , mas na prática essa queda foi maior
do que os R$ 37,686 BILHÕES, pois o faturamento real, em 2019, do “Comércio
Varejista”, foi maior do que o de R$ 2013.
1.6.4 Assim, se o “Comércio Varejista”, que
tinha 1.699.940 empresas atuando e empregava 7.958.237 pessoas, em 2015, conforme pode ser consultado no site da Receita Federal (planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”,
disponível no endereço citado no item 4.1.1 abaixo) e perdesse R$ 37,686 BILHÕES de
faturamento por mês, durante 06 (seis) meses, iria necessitar de recomposição
de faturamento, no valor de R$ 226,11 BILHÕES, para aguardar a eliminação gradativa das medidas de
ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do
mundo.
1.6.5 Observação: planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”,
disponível no link
http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing),
1.6.6 Se as micro e pequenas
empresas, do “Comércio
Varejista”, responderem por 35% da recomposição de faturamento, no
valor de R$ 226.119.083.475,59 (R$ 226,11
BILHÕES), as micro e pequenas empresas, do “Comércio
Varejista”, iriam necessitar de recomposição de faturamento, via
linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$
79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a
eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia,
do Brasil e dos demais países do mundo.
1.6.7 Percebamos que estamos falando
que, apenas, que as micro e pequenas empresas, do “Comércio
Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de
crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$
79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a
eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia,
do Brasil e dos demais países do mundo, mas ainda temos micro e pequenas
empresas das outras 86 atividades econômicas, que podem ser consultadas na aba
“Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita
Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível
conforme item 1.6.19 abaixo.
1.6.8 Desenvolvemos todo o contexto acima para
dizer que a aprovação de linha de crédito, pelo Senado Federal,
para as micro e pequenas empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES, com recursos do
Tesouro Nacional, mas infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES É INSUFICIENTE para
evitar o colapso das micro e pequenas empresas, no Brasil, é insuficiente para
atender, apenas, o “Comércio Varejista”, necessitam de recomposição
de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e
reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo.
1.6.9 Além do “Comércio Varejista”, existem outras atividades
econômicas com queda de 50,8% no faturamento, sendo que o setor mais impactado
foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e
restaurantes e autopeças, conforme matéria transcrita no item 7 abaixo, disponível
no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/
1.6.10 O Brasil tem uma janela de tempo
reduzida para injetar R$ 2,144 TRILHÕES (CÁLCULO VÁLIDO PARA QUEDA DE 25% NAS RECEITAS
TRIBUTADAS DAS 87 ATIVIDADES ECONÔMICAS, DE TODOS OS SETORES ECONÔMICOS),
na economia, dando 48 (quarenta e oito) meses de parcelamento de débitos para
as empresas, calibrando a velocidade de afrouxamento da ISOLAMENTO SOCIAL que
foi implementado no Brasil, e se passarmos do “ponto” dessa injeção de capital,
via bancos, nas empresas, especialmente, nas micro e pequenas empresas, a
economia do Brasil vai para o COLAPSO TOTAL, de forma irreversível.
1.6.11 Deixar as micro e pequenas empresas, no
Brasil, quebrarem, por causa dessa crise abrupta, que está exterminando,
temporariamente, as receitas dessas empresas, vai ter um efeito devastador sobre
a sustentabilidade do PIB do Brasil, se o Governo, o Ministério da Economia, a
FEBRABAN e o BACEN não agirem rapidamente. Por quê?
1.6.12 Por que as micro e pequenas empresas
geram percentual elevado de novas vagas de trabalho na economia e são grandes
empregadoras no mercado formal, conforme item seguinte. Um cenário de DESEMPREGO, EM MASSA, PROMOVIDO PELAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS, por falta de auxílio governamental, levaria o país ao
caos social, rapidamente, com aumento da miséria, da fome, aumento dos
conflitos sociais e da violência, em todas as cidades do país, em pouco tempo.
1.6.13 “O
secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da
Economia, Carlos da Costa, disse nesta sexta-feira (18/10), que mais de
80% do número de empregos gerados até agora em 2019 veio de pequenas empresas,
tanto nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quanto
no levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua”
– Fonte – Link https://dcomercio.com.br/categoria/economia/em-2019-mais-de-80-do-emprego-veio-das-pmes.
1.6.14 Por isso, defendo
que o BACEN forneça crédito diretamente para as empresas, especialmente para as
micro e pequenas empresas, com o crédito substituindo as
receitas que caíram abruptamente, para que as empresas paguem essas operações
de crédito de recomposição do faturamento em até 48 parcelas e as dívidas
atuais, também, sejam parceladas em até 48 parcelas – Fonte – Link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/planejamento-estrategico-operacional-no.html
1.6.15 Essas operações de crédito de RECOMPOSIÇÃO DO
FATURAMENTO DAS EMPRESAS, diretamente pelo BACEN, especialmente
para as micro e pequenas empresas, para pagamento em até 48 parcelas, com
interveniência dos bancos na formalização dessas operações, com base em dados
sobre o histórico de faturamento das empresas que vai definir o valor do
crédito que seria fornecido para cada
empresa, em substituição ao faturamento inexistente, com o histórico de faturamento
sendo fornecido pela Receita Federal, para evitar fraudes.
1.6.16 Em que pese ser uma opção
o BACEN adquirir papéis de “alta qualidade (com rating AAA ou AA+), a medida
já será importante para trazer equilíbrio de preços ao mercado secundário”,
conforme abordado na matéria do Estadão intitulada “Um mercado à espera do
Banco Central”, disponível no link https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/um-mercado-a-espera-do-banco-central, essa
alternativa é NECESSÁRIA, mas INSUFICIENTE para
que as empresas, especialmente as micro e pequenas empresas, consigam
sobreviver a brutal perda de receitas, que vai se aprofundar, nos próximos 06
(seis) meses, provocada pelo ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL, até que a economia do
país consiga reagir, novamente, na medida em que o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL for
paulatinamente revertido, no Brasil e no resto do mundo.
1.6.17 Vide análise
mais detalhada em “Um mercado à espera do
Banco Central - BACEN Fornecendo Crédito Diretamente Para as Empresas, Em
Substituição as Receitas Que Caíram Abruptamente Para Que as Empresas Paguem
Essas Operações de Crédito de Recomposição do Faturamento Em Até 48 Parcelas”,
disponível no link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/um-mercado-espera-do-banco-central.html
1.6.18 Receita Bruta Tributada - Reprodução da
aba “Receita Bruta 2013”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”,
extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing:
1.6.19 Transcrição da aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”,
extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012,
disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA
DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing:
2. Inicio da transcrição da matéria:
“É preciso uma ação forte dos
bancos estatais”
Para Henrique Meirelles, alguns
dos problemas enfrentados pelas companhias ainda não foram adequadamente
resolvidos pelo governo
Fonte - Link https://valor.globo.com/brasil/coluna/e-preciso-uma-acao-forte-dos-bancos-estatais.ghtml
09/04/2020 | Brasil | Valor
Econômico
Os governos e analistas de vários
países já discutem cenários para a retomada da economia no pós-crise da
covid-19. Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da
Fazenda e atual secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, observa que,
no Brasil, o ritmo da retomada vai depender da saúde financeira das empresas no
momento da transição.
Com a experiência de quem pilotou
a saída do país da crise de 2008, Meirelles adverte que alguns problemas
enfrentados hoje pelas empresas ainda não foram adequadamente resolvidos pelo
governo.
Alguns problemas ainda não
tiveram solução, diz Meirelles
O primeiro deles, segundo
Meirelles, é que os bancos estão com políticas restritivas de crédito. Embora
tenham recursos disponíveis, pois o BC reduziu o depósito compulsório e o
governo disponibilizou uma linha especial de crédito para capital de giro, o
dinheiro não está chegando nas empresas. “É normal, pois há o receio com a
situação futura dos tomadores. Mas é preciso pensar em alternativas para o
problema.”
Ele lembra que, na crise de
2008/2009, um dos problemas centrais foi justamente o travamento do crédito,
tanto internacional, como doméstico. “O consumo colapsou porque não tinha
crédito”, recorda. “Houve queda de 20% do crédito total no país.” Naquela
época, pequenas e médias empresas e pequenos bancos ficaram sem acesso ao
crédito.
Entre as medidas adotadas para
enfrentar aquela crise, Meirelles destaca a redução do compulsório. “Liberamos
desde que os recursos fossem direcionados para bancos e financeiras com capital
até certo limite.” Ele sugere que as próximas liberações sejam vinculadas a
empréstimos para pessoas físicas, jurídicas e a outros bancos.
O atual secretário da Fazenda de
São Paulo observa que, no Brasil, existem quatro grandes bancos, sendo dois
deles estatais. “É preciso usar mais o Banco do Brasil e a Caixa, pois eles
foram muito úteis em 2008 e 2009”, diz. “É preciso uma ação forte dos bancos
oficiais federais ofertando recursos.” Ele lembra que, naquela época, o
cadastro positivo ainda não era público, uma vantagem da situação atual.
Para Meirelles, os bancos
estatais poderão, sem dúvida, estimular a competição entre os bancos. Mas ele
sugere também que o governo pense na criação de um fundo garantidor de crédito,
que possa dar maior segurança às operações.
Além da questão do crédito, o
ex-ministro da Fazenda considera que a ajuda do governo às empresas que não
demitirem os trabalhadores também não foi adequada. O governo criou uma linha
de crédito para financiar a folha de pagamento das empresas, mas Meirelles acha
que o caminho correto é o adotado pelo Reino Unido. Lá, o governo vai bancar
80% do salário, até um certo limite, dos trabalhadores que não forem demitidos,
mas colocados em licença.
O ex-ministro considera que a
solução adotada pelo governo brasileiro - a linha de crédito para a folha de
pagamento - levará as empresas a ficarem endividadas, o que poderá dificultar a
retomada da economia. Para ele, seria preferível que o Tesouro disponibilizasse
recursos, a fundo perdido, para que as empresas pagassem os seus empregados.
“Antes da crise, as empresas estavam saudáveis. Elas também precisam estar
saudáveis na retomada”, propõe.
Outro problema que precisa ser
resolvido com rapidez, na opinião do ex-ministro, é o pagamento da renda
emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais. “Esse é um desafio
logístico”, disse, observando a dificuldade da maioria desses trabalhadores
terem acesso aos sites oficiais com as informações sobre o programa.
Sem que essas questões estejam
bem resolvidas, Meirelles acha que a maior probabilidade é que a retomada da
economia no pós-crise da covid-19 tenha a forma de “U”, e não de “V”. Ou seja,
depois de uma queda abrupta, haverá um tempo maior para que ocorra uma
recuperação plena da atividade econômica. Em sua avaliação, uma rápida
recuperação após a crise é uma possibilidade mais difícil.
Sem ilusões
Não se pode ter ilusão sobre o
efeito da crise provocada pela pandemia na economia. A melhor referência sobre
o que vai acontecer nesta área é a crise internacional de 2008/2009. A economia
brasileira sofreu pouco com aquela crise, pois o Produto Interno Bruto (PIB)
caiu apenas 0,1% em 2009. A retomada foi rápida, pois aconteceu no segundo
trimestre daquele ano.
Mesmo assim, os tributos
administrados pela Receita caíram 1,3 ponto percentual do PIB. Mas a queda foi
compensada por aumento de receitas não administradas pela Receita, como
dividendos pagos por estatais federais. Houve alta ainda da receita da
Previdência (ver quadro abaixo).
Neste ano, a recessão será bem
maior que em 2009, como estima a totalidade dos analistas do mercado. Alguns
chegam a dizer que o PIB poderá cair 6%. Em tal cenário, não é apenas a receita
administrada pela RFB que será bem menor, mas também a receita não administrada
e a arrecadação da Previdência, em virtude do desemprego que deverá ocorrer. “A
queda da receita vai ser muito forte”, disse uma fonte do governo.
No caso do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o efeito também será dramático e a
receita deverá cair mais do que o PIB. Especialistas consultados pelo Valor
advertem que setores com maior carga tributária (como energia elétrica e
combustíveis) poderão ter maior contração da atividade do que os de baixa carga
tributária (como alimentos e produtos farmacêuticos).
Ribamar Oliveira é repórter
especial e escreve às quintas-feiras E-mail: ribamar.oliveira@valor.com.br
Fonte - Link https://valor.globo.com/brasil/coluna/e-preciso-uma-acao-forte-dos-bancos-estatais.ghtml
Fim
3. Início da transcrição da matéria:
Crise do coronavírus faz
receita do varejo cair 24,7% entre março e abril
Com queda de 50,8% no
faturamento, o setor mais impactado foi o de serviços, que inclui empresas de
turismo e transporte, bares e restaurantes e autopeças
Fonte - Link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/
Por Natália Flach - 7 abr 2020,
18h00
Bar: o segmento de bares e
restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril
(Divulgação/Divulgação)
Com lojas fechadas por todo o
país, o faturamento do varejo caiu 24,7% no acumulado de março até ontem, dia 6,
de acordo com levantamento feito pela credenciadora Cielo e obtido com
exclusividade pela EXAME. O maior impacto aconteceu entre a quarta semana de
março (quando a queda chegou a 52,3%) e a primeira semana de abril (quando o
recuo atingiu 43,9%). Já a segunda semana deste mês apresenta uma leve melhora
dos indicadores, uma vez que a queda arrefeceu para 43,1%.
O setor mais impactado foi, sem
dúvida, o de serviços cuja receita contraiu 50,8%. Esse segmento inclui
empresas de turismo e transporte (-63,4%), bares e restaurantes (-43,4%),
serviço automotivos e autopeças (27%), entre outros (-48,8%). No caso dos bens
duráveis – que englobam itens como vestuário (-50,1%), materiais de construção
(-19%) e móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (-39,7%) -, a queda
foi menos acentuada, de 39,9%.
Na contramão, estão os bens não
duráveis que tiveram incremento na receita no mesmo período. Farmácias,
supermercados e postos de gasolina viram seus números subirem 1,7%, com
destaque para as primeiras três semanas de março, quando o isolamento social
foi decretado em várias cidades. Na ocasião, a alta chegou a 11,4%.
O principal responsável por
esse salto foram os supermercados e hipermercados que acumulam um avanço de
17,4% de março até a segunda semana de abril. Já as farmácias contribuem com
uma alta de 4,4% no período. Por sua vez, postos de gasolina e outros bens não
duráveis frearam o indicador, com recuo de 24,1% e de 25,6%, respectivamente.
Fonte - Link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/
Fim
4. Início da transcrição da matéria:
Companhias têm caixa limitado na
crise
Estudo da FGV mostra que 80% das
companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de receita
Fonte - Link https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/04/09/companhias-tem-caixa-limitado-na-crise.ghtml
Por Marina Falcão — Do Recife
09/04/2020 05h01 · Atualizado
Cerca de 80% das empresas com
alto nível de governança corporativa listadas na B3 têm caixa para manter suas
operações por 20 dias sem entrada de receitas. Essas companhias precisam pagar
seus fornecedores antes de receber de seus clientes finais, descompasso de
caixa predominante no universo empresarial do país.
A conclusão é resultado de um de
um levantamento produzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em
São Paulo, Oscar Malvessi, que compilou informações financeiras de 144 empresas
que compõem o Índice de Governança Corporativa (IGC) da bolsa brasileira, entre
os anos de 2010 e 2018. “Os números dão uma dimensão das dificuldades que a
maioria esmagadora das empresas no Brasil deve passar nessa crise por conta da
epidemia de coronavírus. É um cenário muito difícil”, afirmou o professor.
Diante da extensão da crise
econômica, os dias de reserva de caixa parecem muito limitados
Empresas com descompasso de
prazos precisam de recursos financeiros para bancar suas operações. Segundo o
estudo do professor da FGV, essas empresas atuam nos setores diversos, como de
alimentos, agronegócios, bens de capital, educação, papel e celulose, química e
petroquímica, serviços financeiros, shoppings, siderurgia, metalurgia, têxtil e
varejo. “São empresas que vivem antecipando dinheiro no banco”, afirma
Malvessi.
No Brasil, as companhias que
possuem a vantagem de ter um prazo para pagamento superior ao de recebimento -
também chamadas de empresas com capital de giro negativo - são exceção, segundo
Malvessi. No IGC, elas são apenas 21% da amostra. O estudo mostra que essas
empresas estão distribuídas nos setores de supermercados, energia,
sucroalcooleiro, telecomunicações, serviços, transportes, logística e aluguel
de carros.
Companhias com capital de giro
negativo em geral têm poder de barganha e de mercado suficiente para conseguir
prazo nas negociações com fornecedores ou não precisar conceder crédito para os
seus clientes finais. Quando essas empresas são incluídas no levantamento de
Malvessi, o excesso financeiro disponível para enfrentar a crise dobra para 40
dias, na mediana.
Diante da extensão da crise
econômica causada pela pandemia de covid-19, os dias de reserva de caixa
parecem muito limitados. No entanto, de acordo com o estudo, a folga melhorou
em relação à 2010 (ver quadro ao lado). Para Malvessi, isso ocorreu
principalmente porque as empresas buscaram ampliar sua reserva de liquidez
diante de um cenário macroeconômico mais adverso.
Em 2016, ano que marcou o auge da
maior recessão econômica brasileira no século, a folga financeira, que era 16
dias em 2010, alcançou de 28 dias, considerando o levantamento que inclui
apenas as empresas que pagam antes de receber. Segundo Malvessi, o aumento no
nível de insegurança em relação à economia provoca esse efeito. “O ideal era
trabalhar com o mínimo de caixa, mais pode ter ficado mais difícil tomar
empréstimos e conseguir taxas boas. Quando viu uma janela de oportunidade para
captar, a empresa trouxe para dentro de casa”, explica. De modo geral, diz, as
empresas brasileiras trabalham com caixa maior do que as americanas.
Ao mesmo tempo, o crescimento da
folga financeira nos últimos anos pode ser atribuído a um avanço na gestão nas
empresas com elevado nível de governança, que conseguiram aprimorar a
conciliação de prazos de pagamento e recebimento. Segundo Malvessi, as empresas
que demonstram melhoria na gestão de capital de giro, tendem a ter crescimento
no retorno sobre o capital investido.
Fonte - Link https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/04/09/companhias-tem-caixa-limitado-na-crise.ghtml
Fim
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