Fed mostra que pequenas empresas
são altamente vulneráveis à crise
1. O relatório do FED, citado na matéria do
item 6 abaixo, está correto. As micro e pequenas empresas, de fato, são as mais
vulneráveis à crise, nos EUA e, também, no Brasil.
2. Deixar as micro e pequenas empresas, no
Brasil, quebrarem, por causa dessa crise abrupta, que está exterminando,
temporariamente, as receitas dessas empresas, vai ter um efeito devastador
sobre a sustentabilidade do PIB do Brasil, se o Governo, Ministério da
Economia, FEBRABAN e BACEN não agirem rapidamente. Por quê?
2.1 Por que as micro e pequenas empresas geram
percentual elevado de novas vagas de trabalho geradas na economia e são grandes
empregadoras no mercado formal, conforme item seguinte. Um cenário de DESEMPREGO, EM MASSA, PROMOVIDO PELAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS, por falta de auxílio governamental, levaria o país ao
caos social, rapidamente, com aumento da miséria, da fome, aumento dos
conflitos sociais e da violência, em todas as cidades do país, em pouco tempo.
2.2 “O secretário
especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos
da Costa, disse nesta sexta-feira (18/10), que mais de 80% do número de
empregos gerados até agora em 2019 veio de pequenas empresas, tanto nos
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quanto no
levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua”
– Fonte – Link https://dcomercio.com.br/categoria/economia/em-2019-mais-de-80-do-emprego-veio-das-pmes.
3. Por isso, defendo
que o BACEN forneça crédito diretamente para as empresas, especialmente as
micro e pequenas empresas, com o crédito substituindo as
receitas que caíram abruptamente, para que as empresas paguem essas operações
de crédito de recomposição do faturamento em até 48 parcelas e as dívidas
atuais, também, sejam parceladas em até 48 meses – Fonte – Link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/planejamento-estrategico-operacional-no.html
3.1 Essas operações de crédito de RECOMPOSIÇÃO DO
FATURAMENTO DAS EMPRESAS, diretamente pelo BACEN, especialmente
para micro e pequenas empresas, para pagamento em até 48 parcelas, com
interveniência dos bancos na formalização dessas operações, com base em dados
sobre o histórico de faturamento das empresas que vai definir o valor do
crédito que será fornecido para cada empresa, em substituição ao faturamento
inexistente, seria fornecido (histórico de faturamento) pela Receita Federal,
para evitar fraudes.
4. Em que pese ser uma opção o
BACEN adquirir papéis de “alta qualidade (com rating AAA ou AA+), a medida
já será importante para trazer equilíbrio de preços ao mercado secundário”,
conforme abordado na matéria do Estadão intitulada “Um mercado à espera do
Banco Central”, disponível no link https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/um-mercado-a-espera-do-banco-central, essa
alternativa é NECESSÁRIA, mas INSUFICIENTE para
que as empresas, especialmente as micro e pequenas empresas, consigam
sobreviver a brutal perda de receitas, que vai se aprofundar, nos próximos 06
(seis) meses, provocada pelo ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL, até que a economia do
país consiga reagir, novamente, na medida em que o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL for
paulatinamente revertido, no Brasil e no resto do mundo.
4.1 Vide análise mais detalhada
em “Um mercado à espera do Banco Central - BACEN Fornecendo Crédito
Diretamente Para as Empresas, Em Substituição as Receitas Que Caíram
Abruptamente Para Que as Empresas Paguem Essas Operações de Crédito de
Recomposição do Faturamento Em Até 48 Parcelas”, disponível no link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/um-mercado-espera-do-banco-central.html
5. O Brasil tem uma janela de tempo reduzida
para injetar R$ 2,144 TRILHÕES (CÁLCULO VÁLIDO PARA QUEDA DE 25% NAS RECEITAS TRIBUTADAS DAS 87
ATIVIDADES ECONÔMICAS, DE TODOS OS SETORES ECONÔMICOS), na
economia, dando 48 (quarenta e oito) meses de parcelamento de débitos para as
empresas, calibrando a velocidade de afrouxamento da ISOLAMENTO SOCIAL que foi
implementado no Brasil, e se passarmos do “ponto” dessa injeção de capital, via
bancos, nas empresas, especialmente, nas micro e pequenas empresas, especialmente
para as micro e pequenas empresas, senão a economia do Brasil vai para o
COLAPSO TOTAL, de forma irreversível.
6. Início da transcrição da matéria:
Fed mostra que pequenas empresas
são altamente vulneráveis à crise
O relatório afirma que, se
pequenas empresas fossem forçadas a reduzir, é provável que mesmo as saudáveis cortassem
funcionários ou pagamentos
O relatório também indicou um
cenário persistente sobre pequenas empresas: os empréstimos disponíveis para
grandes empresas são menos acessíveis para empresas de tamanho mais modesto. Apesar de um
ano em que houve aumento de receita e aumento de contratações em pequenas
empresas, O RELATÓRIO DO FED DE NOVA YORK DISSE QUE POUCO MENOS DA METADE DOS
ENTREVISTADOS OBTEVE CRÉDITO DE UM BANCO EM 2019, COM MENOS METADE RELATANDO
QUALQUER CRÉDITO BANCÁRIO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.
A resposta econômica do governo à
crise do coronavírus primeiro visou os mercados financeiros antes de estender o
apoio a outras partes da economia, sejam pequenas empresas ou famílias. Hoje, o
líder do Senado, Mitch McConnell (Republicano, Kentucky), disse que tentaria
obter mais recursos para o programa do congresso que concede empréstimos a
pequenas empresas sob a lei do "Cares Act".
Ontem, o Federal Reserve disse
que estava criando um novo programa que financiari a empréstimos canalizados
através do programa de empréstimos de emergência para pequenas empresas do
governo.
Enquanto isso, a Federação
Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês) disse hoje que
seu Índice de Otimismo para Pequenas Empresas de março registrou um declínio
mensal recorde de 8,1 pontos, caindo para 96,4.
Em comunicado, o economista-chefe
do NFIB, William Dunkelberg, disse que "é vital que essas empresas tenham
acesso a fundos federais que são disponibilizados pelo Cares Act para manter as
portas abertas na Main Street".
Por Michael S. Derby, Dow Jones
Newswires — Nova York 07/04/2020 17h07 · Atualizado
Mesmo as pequenas empresas mais
bem gerenciadas estão em uma posição muito vulnerável durante a pandemia do
novo coronavírus, que tem provocado interrupção de boa parte da atividade
econômica dos EUA, de acordo com um relatório do Federal Reserve (Fed) de Nova
York.
O estudo divulgado pelo banco
central hoje indica que, entre as pequenas empresas "saudáveis" no
fim de 2019, cerca de 20% delas tinham dinheiro suficiente para operar
normalmente por apenas dois meses, se sua receita secasse. Entre as empresas
com menos segurança financeira, apenas 10% poderiam operar normalmente apenas
com seu caixa por dois meses.
O relatório afirma que, se
pequenas empresas fossem forçadas a reduzir, é provável que as empresas
saudáveis cortassem funcionários ou pagamentos, enquanto empresas problemáticas
provavelmente tentariam emprestar dinheiro para manter o negócio.
O relatório do Fed de Nova York
define pequenas empresas como aquelas com menos de 500 trabalhadores. Suas
descobertas foram baseadas em uma pesquisa nacional realizada no fim de 2019,
em conjunto com os outros 11 bancos regionais do Fed.
O banco observou que muitas
empresas já estavam enfrentando dificuldades antes de entrar na crise do
coronavírus: quase dois terços dos entrevistados disseram que nos últimos 12
meses haviam enfrentado problemas como dificuldades para pagar despesas
operacionais, incluindo folhas de pagamento ou para alinhar o crédito
necessário para suas operações.
"Os dados ressaltam que,
embora as pequenas empresas tenham relatado um fim forte para o ano de 2019,
muitas continuaram a lidar com desafios financeiros, e mesmo as mais saudáveis podem
enfrentar decisões difíceis em meio a uma perda sustentada de receita",
afirmou Claire Kramer Mills, diretora de análise de desenvolvimento comunitário
no Fed de Nova York, no relatório.
Ela disse que as descobertas do
relatório podem ajudar as ferramentas de auxílio do governo na atual crise.
"Ao esclarecer os canais pelos quais as empresas podem buscar recursos
financeiros, os dados podem informar o desenho de novos programas de
empréstimos e concessões e oferecer informações sobre como alcançar empresas
carentes", escreveu.
O relatório também indicou um
cenário persistente sobre pequenas empresas: os empréstimos disponíveis para
grandes empresas são menos acessíveis para empresas de tamanho mais modesto. Apesar de um
ano em que houve aumento de receita e aumento de contratações em pequenas
empresas, O RELATÓRIO DO FED DE NOVA YORK DISSE QUE POUCO MENOS DA METADE DOS
ENTREVISTADOS OBTEVE CRÉDITO DE UM BANCO EM 2019, COM MENOS METADE RELATANDO
QUALQUER CRÉDITO BANCÁRIO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.
O relatório também observou uma
grande disparidade racial em quem acessou o crédito. Apenas 23% das empresas
com propriedade de negros não-hispânicos conseguiram empréstimos bancários, em
comparação com 46% das pequenas empresas pertencentes a brancos não-hispânicos.
A resposta econômica do governo à
crise do coronavírus primeiro visou os mercados financeiros antes de estender o
apoio a outras partes da economia, sejam pequenas empresas ou famílias. Hoje, o
líder do Senado, Mitch McConnell (Republicano, Kentucky), disse que tentaria
obter mais recursos para o programa do congresso que concede empréstimos a
pequenas empresas sob a lei do "Cares Act".
Ontem, o Federal Reserve disse
que estava criando um novo programa que financiaria empréstimos canalizados
através do programa de empréstimos de emergência para pequenas empresas do
governo.
Enquanto isso, a Federação
Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês) disse hoje que
seu Índice de Otimismo para Pequenas Empresas de março registrou um declínio
mensal recorde de 8,1 pontos, caindo para 96,4.
Em comunicado, o economista-chefe
do NFIB, William Dunkelberg, disse que "é vital que essas empresas tenham
acesso a fundos federais que são disponibilizados pelo Cares Act para manter as
portas abertas na Main Street".
Fim
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