Pesquisa IBGE de Inovação - Pintec 2014: Taxa de Inovação se Mantém Estável e Apoio
Governamental Aumenta - OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO NO BRASIL NÃO SÃO
APENAS ECONÔMICOS, MAS TAMBÉM TEM ORIGEM EM PARADIGMAS EMPRESARIAIS E
ORGANIZACIONAIS QUE NECESSITAM SER ULTRAPASSADOS PELAS ORGANIZAÇÕES
EMPRESARIAIS E PELAS ORGANIZAÇÕES NÃO EMPRESARIAIS
1. Avaliando a pesquisa IBGE sobre inovação,
parcialmente transcrita no item 3 abaixo, observa-se algumas coisas importantes
sobre inovação no Brasil, conforme itens seguintes.
1.1 "Entre
2012 e 2014, 36,0% das 132.529 empresas brasileiras com 10 ou mais
trabalhadores fizeram algum tipo de INOVAÇÃO
EM PRODUTOS OU PROCESSOS".
1.1.1 INOVAR EM PRODUTOS
ou INOVAR
em PROCESSOS
é problemático quando são alterações incrementais no "MESMO MODELO DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
ou apenas ajustes em "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
para adaptar referidos "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" à
"ERA
DIGITAL", para digitizar a infraestrutura eletrônica fora do
"Contexto
das Experiências Eletrônicas", dos "Clientes Digitais", no
"Mundo
Virtual", quando essa forma de digitização não consegue
interagir com a EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS
SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS",
INTERLIGADOS
e INTEGRADOS,
de forma horizontal e de forma vertical, na economia digital, e quando essa
forma de digitização não consegue interagir com o "Contexto das Experiências Eletrônicas",
dos "Clientes
Digitais", no "Mundo Virtual", onde "produtos
digitais" e "serviços digitais" devem ser "ofertados
digitalmente" em qualquer "ECOSSISTEMA DIGITAL" em que
o "Cliente
Digital" esteja necessitando do mesmo "produto digital"
e/ou do mesmo "serviço digital".
1.1.2 "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
adaptados para a "ERA DIGITAL" não são sustentáveis e não
vai conseguir sobreviver à EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS
SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS",
INTERLIGADOS
e INTEGRADOS,
de forma horizontal e de forma vertical, na economia digital.
1.1.2.1 "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
adaptados para a "ERA DIGITAL" não são sustentáveis e não
conseguem capturar a contribuição da inovação, conforme tratado na matéria do
The Wall Street Journal, constante do item 4 abaixo, reproduzida parcialmente a
seguir:
A) "Em vários aspectos, parece que estamos vivendo uma era
dourada da inovação. Todos os meses vemos novos avanços em inteligência
artificial, terapia genética, robótica e aplicativos";
B) "Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento como fatia
do produto interno bruto dos Estados Unidos estão perto de níveis recordes.
Nunca houve tantos cientistas e engenheiros no país como agora";
C) "Mas nada disso se traduz em melhorias significativas no
padrão de vida dos americanos";
D) "As economias crescem quando uma força de trabalho
crescente recebe mais capital como equipamentos, software e prédios, e então
combinando capital e trabalho de forma mais criativa";
E) "Este último elemento, chamado de “fator total de
produtividade”, captura a contribuição da inovação".
1.1.3 Para que as "Organizações da "Era Industrial"
sobrevivam à disrupção digital terão que passar, necessariamente, por árduo e
doloroso PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
DIGITAL, MUDANDO SEUS PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE MODELOS DE NEGÓCIOS, PARADIGMAS
DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS, PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE SERVIÇOS E PARADIGMAS DE
CRIAÇÃO DE PROCESSOS ELETRÔNICOS PARA ABARCAR DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MODELOS
DE NEGÓCIOS DIGITAIS.
1.1.3.1 Não se consegue a verdadeira TRANSFORMAÇÃO
DIGITAL por meio de alterações
incrementais no "MESMO MODELO DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
ou, apenas, por meio de ajustes em "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL"
para adaptar referidos "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" à
"ERA
DIGITAL", ou seja, a pesquisa de inovação do IBGE demonstra, em
cotejo com as tendências futuras de mercado, que se as empresas brasileiras
continuarem, apenas, com INOVAÇÃO EM PRODUTOS OU PROCESSOS, que
estariam fadadas a desaparecer diante da iminente EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS
SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS",
INTERLIGADOS e INTEGRADOS, de forma horizontal e de forma vertical, na economia
digital.
2. Além disso, a transformação digital da
"ORGANIZAÇÃO
DA ERA INDUSTRIAL" para "ORGANIZAÇÃO DA ERA DIGITAL"
não pode ser feita de qualquer maneira, sem planejamento, sem métodos
adequados, sem técnicas, sem técnicos ou sem cultura digital, adequados, pois
agir sem essas condicionantes para passar de "ORGANIZAÇÃO DA ERA INDUSTRIAL"
para "ORGANIZAÇÃO
DA ERA DIGITAL", é receita certa para o fracasso.
2.1 Informamos que foi disponibilizado no
Google Drive a pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme
link abaixo, contendo 25 arquivos da “Nova Ordem Mundial - Projeto Base - Criação de Moeda
Digital Única - Evite Fracassos Com a Transformação Digital - Manual
Estratégico, Tático, Técnico, Tecnológico, Jurídico Digital, Operacional e
Introdutório do Processamento Geométrico Quântico nº 01”,
objetivando COMPARTILHAR CONHECIMENTO,
razão pela qual solicito encaminhar essas informações para a área de inovação
de sua organização. Obrigado.
2.2 O arquivo “Evite fracassos na transformacao digital.docx” contém a
espinha dorsal do projeto em questão (na página 01 desse arquivo está o índice
para facilitar a localização dos assuntos de interesse da sua organização).
2.2.1 LOCALIZAÇÃO
DO CONTEÚDO REGISTRADO EM CARTÓRIO - PARTE 01 - Índice e item 1.
2.2.2 Economia Digital - Transformação Digital
- O que significa Ser um “Indivíduo
Disruptivo”? - Internet das Coisas - Economia Digital - ANATEL - Mudança na
Natureza das Telecomunicações - Transformação Digital - "BLOCKCHAIN"
2.3
Para evitar fracassos, NO PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, PARA INSERIR OS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E
MUNICIPAIS, BEM COMO AS ORGANIZAÇÕES, EMPRESARIAIS E NÃO EMPRESARIAIS, DA
INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DE SERVIÇOS, NA ECONOMIA DIGITAL, CRIANDO SETORES
ECONÔMICOS DIGITAIS E ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS, são necessários muitos
instrumentos como, por exemplo, “Data Center” (vide item 55 abaixo), definido
por software, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 01, a ser aplicada na
construção e na operacionalização de NOVA
INFRA-ESTRUTURA DE TI, operando com NOVA INTELIGÊNCIA
ORGANIZATIVA Nº 02, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA ARQUITETURA
DE TI, operando com NOVA INTELIGÊNCIA
ORGANIZATIVA Nº 03, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA
INFRA-ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO, operando com NOVA INTELIGÊNCIA
ORGANIZATIVA Nº 04, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA ARQUITETURA
DE PROGRAMAÇÃO e, finalmente, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 05, a ser aplicada na
construção e na operacionalização de NOVA
INFRA-ESTRUTURA DE SEGURANÇA, com TODAS referidas
novas arquiteturas e com TODAS
referidas novas infra-estruturas, citadas anteriormente, “ORIENTADAS A VÁRIOS OBJETOS VIRTUAIS,
ORIENTADOS A OBJETO, CONSTITUÍDOS POR VÁRIAS PEÇAS LEGO VIRTUAIS DE
PROGRAMAÇÕES, ORIENTADAS A OBJETO”,
funcionando,
simultaneamente, como “MÁQUINAS INDUSTRIAIS VIRTUAIS”, que produzem ELEMENTOS CONSTITUINTES DE PROCESSOS
ELETRÔNICOS DIGITAIS, como “Peças Lego
Virtuais de Programações Orientadas a Objeto”, INTEROPERÁVEIS e INTERCAMBIÁVEIS, ENTRE SI, e,
também, simultaneamente, INTEROPERÁVEIS e
INTERCAMBIÁVEIS com as diversas
“Experiências Eletrônicas”, dos “Clientes Digitais”, no “Mundo Virtual”, permitindo DESENVOLVER e ALTERAR, com RAPIDEZ, FACILIDADE e SEGURANÇA, “produtos
digitais”, “serviços digitais”, “processos digitais” e “modelos de negócios
digitais”, para as diversas “Experiências Eletrônicas”, dos “Clientes
Digitais”, no “Mundo
Virtual”, a serem disponibilizados em diversas “Redes de
Relacionamentos Virtuais” e a serem disponibilizados em diversos
“Ecossistemas de Relacionamentos Virtuais”,
o que gera inúmeros riscos
operacionais, inúmeros riscos negociais, inúmeros riscos legais, inúmeros
riscos de mercado, inúmeros riscos de segurança etc., razão pela qual o processo de transformação digital, da “Economia da Era Industrial”,
para a “economia digital”,
deve estar cercado de muitas precauções e cuidados, redobrados, das
organizações em geral, do próprio Brasil, e dos demais países do mundo, e esse
“Módulo
03/33 - Nova Ordem Mundial - Moeda Digital Única - Manual Estratégico, Tático,
Técnico, Tecnológico, Jurídico Digital, Operacional e Introdutório do
Processamento Geométrico Quântico nº 01”,
descrito no item seguinte, se propõe a identificar essas possibilidades de
fracassos, e PROPOR SOLUÇÕES PRÁTICAS, de como podem ser evitados referidos fracassos, pelas
organizações, em geral, e pelos diversos países do mundo, por meio da análise
de problemas estruturais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para
setores econômicos digitais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para
atividades econômicas digitais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes,
para a economia digital como um todo, geradores de riscos sistêmicos,
relevantes, para “Organizações Digitais”,
geradores de limites ao crescimento de setores econômicos digitais, geradores
de limites ao crescimento de atividades econômicas digitais, geradores de
limites ao crescimento da economia digital, como um todo, e, também, geradores
de limites ao crescimento de “Organizações Digitais”,
bem como incorpora, ainda, referido manual, sugestões de observância de alguns
cuidados, indispensáveis, no processo de transformação digital, para que o CRESCIMENTO,
EXPONENCIAL, DE NEGÓCIOS DIGITAIS, não
trave ou inviabilize a expansão, futura, de “Organizações Digitais”, de setores econômicos digitais, de atividades econômicas
digitais e da própria economia digital, como um todo, no Brasil e nos demais
países do mundo.
3. Início da transcrição parcial da pesquisa:
Entre 2012 e 2014, 36,0% das
132.529 empresas brasileiras com 10 ou mais trabalhadores fizeram algum tipo de
inovação em produtos ou processos, taxa próxima da apresentada no triênio anterior
(35,7%).
É o que revela a Pesquisa de
Inovação (Pintec) 2014, que destaca também como o percentual de empresas
inovadoras beneficiadas com algum incentivo do governo cresceu de 2009-2011
(34,2%) para 2012 a 2014 (40,0%).
OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À
INOVAÇÃO FORAM ECONÔMICOS
Na Pintec 2014, o elevado custo,
como em todas as outras edições da pesquisa, ocupou o primeiro posto como
obstáculo à inovação na indústria (86,0%), seguido pelos riscos (82,1%) e pela
escassez de fontes de financiamento (68,8%).
A falta de pessoal qualificado
vinha avançando posições no ranking, chegando a aparecer, em 2011, como o
segundo maior entrave na indústria (72,5%).
Em 2014, esta categoria passou a
ocupar a quarta colocação (66,1%). Os elevados custos também foram os
obstáculos mais relevantes nos serviços (88,5%), enquanto no setor de
eletricidade e gás, a primeira posição foi assumida pelos riscos (69,9%).
Na edição 2014 da Pintec, 17,0%
das empresas inovadoras informaram ter utilizado pelo menos um dos métodos estratégicos
para proteger suas inovações.
O principal foi o segredo
industrial (10,7%) seguido pelo tempo de liderança sobre os competidores (6,5%)
e a complexidade no desenho (5,7%).
Em 2014, das 47,7 mil empresas
inovadoras em produto ou processo, 86,7% realizaram ao menos uma inovação
organizacional ou de marketing, sendo 79,1% introduzindo ao menos uma inovação
organizacional e 62,3% alguma inovação de marketing.
Comparando com o período anterior
(2009-2011), esta proporção aumentou para todas as atividades. Naquele período,
os mesmos percentuais haviam sido, respectivamente, 85,9%, 77,2% e 60,7%.
A Pintec mostra que 3,4% das
empresas inovadoras (2.583 empresas) engajaram-se em atividades da
biotecnologia em 2014. Para a nanotecnologia, este percentual foi de 1,8% (975
empresas).
Deste modo, registra-se, em
relação ao período anterior (2011), um aumento de 41,9% no número de empresas
com atividades em biotecnologia e uma queda de 13,8% em nanotecnologia.
Fim
4. Início da transcrição da matéria:
Falta de inovação é o principal entrave ao crescimento econômico
Por GREG IP
Atualizado Sexta-Feira, 9 de
Dezembro de 2016 00:07 EDT
A China pode liderar na inovação:
à dir., braço ortopédico que se conecta ao sistema nervoso criado em Shenzhen.
PHOTO: THEODORE KAYE FOR THE WALL STREET JOURNAL
Em vários aspectos, parece que
estamos vivendo uma era dourada da inovação. Todos os meses vemos novos avanços
em inteligência artificial, terapia genética, robótica e aplicativos.
Os investimentos em pesquisa e
desenvolvimento como fatia do produto interno bruto dos Estados Unidos estão
perto de níveis recordes. Nunca houve tantos cientistas e engenheiros no país
como agora.
Mas nada disso se traduz em
melhorias significativas no padrão de vida dos americanos.
As economias crescem quando uma
força de trabalho crescente recebe mais capital como equipamentos, software e
prédios, e então combinando capital e trabalho de forma mais criativa.
Este último elemento, chamado de
“fator total de produtividade”, captura a contribuição da inovação.
Seu crescimento atingiu o auge nos
anos 50, com alta de 3,4% ao ano, à medida que inovações como eletricidade,
aviação e antibióticos atingiam seu impacto máximo.
Desde então, essa produtividade
só desacelerou, crescendo a uma média de 0,5% na década atual.
Com exceção da tecnologia de uso
pessoal, melhorias na vida diária têm sido graduais, não revolucionárias.
Casas, eletrodomésticos e carros
não mudaram muito em uma geração. Os aviões não estão voando mais rápido que
nos anos 60.
Nenhum dos 20 remédios que
precisam de prescrição mais vendidos nos EUA foi lançado nos últimos dez anos.
A queda na inovação é o principal
motivo dos padrões de vida dos EUA terem estagnado desde 2000.
Sem uma virada, essa estagnação
deve continuar, aumentando a crise que deixou a classe média tão insatisfeita.
Economistas debatem os motivos,
mas há claramente várias forças em jogo. Os obstáculos para transformar ideias
em produtos de sucesso comercial têm crescido.
Os frutos fáceis de colher na
ciência, medicina e tecnologia já foram obtidos e os novos avanços são mais
caros, mais complexos e mais propensos a fracassos.
A inovação vem através de
tentativas e erros, mas a sociedade ficou menos tolerante ao risco.
As regulações elevaram as
barreiras para a comercialização de novas ideias ao mesmo tempo em que
direcionaram uma crescente fatia de esforços de inovação para metas com
benefícios, como o ar mais limpo, que não elevam o produto interno bruto.
Ao mesmo tempo, uma tendência em
direção à concentração industrial pode ter dificultado a vida dos recém-chegados.
Existe solução para a escassez de
inovação. O capital é abundante, e tanto empresas tradicionais como jovens
empreendedores estão fazendo apostas de alto risco em carros, viagens espaciais
e drones, e alguns formuladores de políticas estão tentando tolerar mais risco
para que essas apostas tenham sucesso.
“Houve uma explosão de inovações
recentemente, especialmente na inteligência artificial, que serão concretizadas
nos próximos 5 a 15 anos”, prevê Erik Brynjolfsson, economista do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT).
“Podemos facilmente imaginar que
quando elas amadurecerem e entrarem na economia, os efeitos serão
surpreendentes.”
Ainda assim, com exceção da
tecnologia da informação, os obstáculos para a inovação estão ficando maiores,
não menores, principalmente na medicina.
Nos últimos 100 anos, vacinas,
antibióticos e água potável derrotaram os grandes assassinos da humanidade.
Hoje, a maioria dessas doenças tem tratamento.
O que sobrou, diz Jack Scannell,
do Centro para o Avanço da Inovação Médica Sustentável da Universidade de
Oxford, são doenças como o Alzheimer, para as quais os cientistas não têm uma
teoria útil de tratamento.
Scannel e vários coautores
estimam que o número de remédios aprovados nos EUA por dólar investido em
pesquisa e desenvolvimento caiu pela metade a cada nove anos entre 1950 e 2000.
O número de aprovações cresceu
desde então, embora 40% são para remédios que tratam doenças que atingem menos
de 200 mil pessoas.
Laboratório da farmacêutica
francesa Sanofi. O desenvolvimento de medicamentos revolucionários está
desacelerando.
Laboratório da farmacêutica
francesa Sanofi.
O desenvolvimento de medicamentos
revolucionários está desacelerando. PHOTO: TONY LUONG FOR THE WALL STREET
JOURNAL
A queda nos resultados positivos
da pesquisa médica é ilustrada por um novo estudo de Charles Jones, da
Universidade Stanford, e outros três autores.
Ele descobriu que nos dez anos
antes de 1985, os anos de vida salvos através do tratamento de câncer de mama
cresceram continuamente a cada ano, junto com o volume de pesquisa. Mas desde
1985, a redução na mortalidade desacelerou.
Eles calculam que cada novo teste
publicado elevou 16 anos de vida por 100 mil pessoas em 1985, e esse número
caiu para menos de um ano em 2006.
O mesmo padrão foi visto na
agricultura e no setor de semicondutores: queda contínua de produtividade por
pesquisador.
Os remédios são um reflexo do
valor crescente dado à vida humana nas sociedades desenvolvidas.
Em 1960, 7% do P&D dos EUA
era dedicado à saúde. Em 2007, ele era 25%, segundo outro estudo de Jones, da
Stanford.
Isso significa que pesquisa
médica absorve recursos de P&D que poderiam ir para produtos de consumo
mais mundanos.
Para Jones, o aumento do valor da
vida humana basicamente causa um crescimento menor de serviços e bens de
consumo tradicionais, e eles representam a maior parte do PIB.
Desfazer os danos causados por
inovações passadas — como a queima de combustíveis fósseis — ao meio ambiente e
à saúde humana também está engolindo mais esforços de inovação, o que afeta o
bolso do consumidor.
Nos EUA, a fatia do preço de um
carro que paga pelas exigências dos reguladores de segurança e eficiência de
combustível foi de zero em 1967 para 22% hoje, ou seja, US$ 5,5 mil em um carro
de US$ 25 mil, segundo Sean McAlinden, economista do Centro para Pesquisa
Automotiva, entidade patrocinada pelo setor.
Isso levou a benefícios genuínos:
as mortes nas estradas caíram do fim dos anos 60 até recentemente, e o ar está
mais limpo.
McAlinden nota que os
consumidores talvez não adotariam esses recursos se tivessem escolha.
Os carros elétricos, por exemplo,
custam mais e têm pior desempenho que os equivalentes à gasolina; as baterias
reduzem o espaço e adicionam peso.
Mesmo com subsídios federais significativos,
as vendas têm sido prejudicadas pelos baixos preços da gasolina.
Nos EUA, os veículos elétricos e
híbridos juntos somaram 1,9% das vendas até o momento este ano, a menor desde
2006, segundo o site Edmunds.com.
Os carros elétricos não oferecem
ainda “uma proposta de valor que atraia o consumidor de massa”, diz John
Vieira, diretor de sustentabilidade da Ford Motor Co.
Ele cita o EcoBoost, tecnologia
de injeção à gasolina desenvolvida pela Ford que atinge a mesma potência com
menos cilindros, “obtendo economia de combustível sem perda de desempenho”.
“Ela aumenta o custo, mas o
cliente quer pagar por esta tecnologia, ao contrário do veículo elétrico”, diz
ele.
Muitos avanços tecnológicos vêm
de poucas empresas ‘de fronteira’, como a Amazon.com PHOTO: ROBERT DAEMMRICH
PHOTOGRAPHY INC/CORBIS VIA GETTY IMAGES
Tentativa e erro são a base da
inovação, e erros às vezes matam pessoas. Queda de aviões, vazamento de lixo
tóxico e crises financeiras continuamente levam a novas regras que tornam o mundo
mais seguro, mas criam obstáculos para inovações futuras, como as regulações
financeiras mais severas criadas após a crise de 2008, que limitaram os
empréstimos para que cidadãos comprem casas e empresas financiem projetos.
Apesar desses problemas, a inovação
continua e, em alguns campos, como internet e smartphones, a um ritmo
frenético.
A Amazon.com Inc. está elevando a
produtividade do varejo praticamente sozinha.
O J.P. Morgan observa que o
varejista médio de internet nos EUA gera US$ 1,3 milhão em vendas por
empregado, ante a média do varejo físico, de US$ 279 mil por empregado.
Como a fatia de mercado da Amazon
cresceu, ela elevou a produtividade de todo o setor. Um estudo da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico revela, porém, que são as empresas
de “fronteira”, que usam processos mais eficientes e tecnologia que têm obtido
crescimento; nas empresas tradicionais, na verdade, ele caiu.
Em outras palavras, a
produtividade está sendo contida pela incapacidade das rivais da Amazon,
Facebook e Google de as alcançarem.
Os autores especulam que isso
pode ocorrer porque as novas tecnologias são, de fato, uma combinação de
tecnologias e processos empresariais difíceis de replicar e frequentemente
protegidos por patentes.
Desde que as empresas de
fronteira continuem inovando, a produtividade não recuará.
O risco é que, depois que a
empresa se torna dominante, nenhum rival pode igualar sua rede, e inovação
passa a ser menos necessária.
Diante desses obstáculos, qual a
solução?
Jones, da Stanford, diz que hoje
mais pesquisadores são necessários para produzir uma inovação com benefício
equivalente aos obtidos no passado.
Isso significa que a sociedade
terá que destinar mais recursos e pessoas para P&D apenas para manter a
mesma taxa de crescimento.
Aprender com outros países também
ajuda. Historicamente, os países mais pobres copiavam as ideias dos ricos.
Mas agora elas podem ir na
direção oposta, já que há uma explosão de pesquisas na Índia e na China.
E os reguladores têm de ser mais
tolerantes ao risco. Os carros autônomos são prova de que eles estão tentando.
Em maio, o americano Joshua Brown
morreu ao bater seu Tesla, que estava no modo “piloto automático”.
O acidente poderia ter gerado uma
repressão regulatória que suspenderia a pesquisa tecnológica.
Em vez disso, a agência de
segurança rodoviária dos EUA divulgou, em setembro, uma orientação não
obrigatória de como os fabricantes deveriam dar mais segurança aos seus
sistemas.
“Estamos dando espaço para o
setor criar abordagens de segurança que não havíamos vislumbrado”, diz Anthony
Fox, secretário de Transportes dos EUA.
Fim