quinta-feira, 9 de abril de 2020

“É preciso uma ação forte dos bancos estatais” - Fala do Ex-Presidente do BACEN Henrique Meirelles

É preciso uma ação forte dos bancos estatais” - Fala do Ex-Presidente do BACEN Henrique Meirelles



Concordo com o secretário atual da Fazenda de São Paulo, quando diz que “observa que, no Brasil, existem quatro grandes bancos, sendo dois deles estatais. “É preciso usar mais o Banco do Brasil e a Caixa, pois eles foram muito úteis em 2008 e 2009”, diz. “É preciso uma ação forte dos bancos oficiais federais ofertando recursos.” Ele lembra que, naquela época, o cadastro positivo ainda não era público, uma vantagem da situação atual”, mas DIANTE DA MAGNITUDE DA QUEDA DAS RECEITAS DAS EMPRESAS, EM TODOS OS SETORES DA ECONOMIA, AO MESMO TEMPO, conforme itens 1.4 e 1.4.1 anteriores, situação que não ocorreu na crise de 2008/2009, em que tivemos, apenas, falta de crédito, DESACOMPANHADA DE COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO INTERNO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, pensamos ser INSUFICIENTE A AÇÃO FORTE, APENAS, DOS BANCOS ESTATAIS, como ocorreu na crise de 2008/2009, na época em que Henrique Meirelles era Presidente do BACEN, para evitar o COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, ou seja, DADA A MAGNITUDE DO PROBLEMA ATUAL CONFORME ITENS 1.4, 1.4.1, ABAIXO, TAMBÉM, É NECESSÁRIA AÇÃO FORTE DOS BANCOS PRIVADOS, PARA EVITAR O COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA



0. Uma das diferenças da crise de 2008/2008 para esta crise atual é que em 2008/2009 NÃO TIVEMOS COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO NO MERCADO INTERNO, conforme itens 1.4 e 1.4.1 abaixo.

0.1 Portanto, as previsões do que aconteceu em 2008/2009 não podem ser aplicadas, automaticamente, em PROGRESSÃO GEOMÉTRICA, como resultado do que está acontecendo na atualidade. Se persistir o COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO NO MERCADO INTERNO, por mais uns 30 dias, o resultado do que está acontecendo na atualidade, comparativamente ao que ocorreu na crise de 2008/2009, estará em PROGRESSÃO ARITMÉTICA e, neste caso de PROLONGAMENTO DO ISOLAMENTO SOCIAL GENERALIZADO, que Deus nos ajude e tenha misericórdia desta nação!!!!!

1. Concordo com o Senhor Henrique Meirelles de que “Não se pode ter ilusão sobre o efeito da crise provocada pela pandemia na economia”, conforme matéria do Valor Econômico, transcrita no item 2 abaixo.

1.1 Meirelles está correto ao dizer que “Neste ano, a recessão será bem maior que em 2009, como estima a totalidade dos analistas do mercado. Alguns chegam a dizer que o PIB poderá cair 6%”.

1.2 Continua Meirelles “Em tal cenário, não é apenas a receita administrada pela RFB que será bem menor, mas também a receita não administrada e a arrecadação da Previdência, em virtude do desemprego que deverá ocorrer. “A queda da receita vai ser muito forte”, disse uma fonte do governo”, afirmações com as quais concordo.

1.3 Mas a queda das receitas das empresas, também, vai ser muito forte, conforme itens 1.4 e 1.4.1 abaixo, razão da queda na arrecadação. Na crise de 2008/2009, a queda das receitas foi mais restrita a um universo menor de empresas, comparativamente à crise atual, que abarca todas as atividades econômicas, de todos os setores econômicos, ao mesmo tempo, salvo alguns setores que estão, momentaneamente, sendo beneficiados (vide item 1.4.d.e abaixo), mas que também serão prejudicados, se persistir o COLAPSO DO CONSUMO POR MUITO TEMPO, e toda a economia afundar no caos.  

1.4 Da matéria intitulada “Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março e abril”, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, transcrita no item 3 abaixo, de onde transcrevemos os itens seguintes, e da matéria parcialmente transcrita no item 1.4.1 abaixo (“Companhias têm caixa limitado na crise” - Estudo da FGV mostra que 80% das companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de receita) tiramos os indicadores da tendência de COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO NO MERCADO INTERNO, o que não ocorreu na crise de 2008/2009:

a) “Bar: o segmento de bares e restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril”;

b) “Com lojas fechadas por todo o país, o faturamento do varejo caiu 24,7% no acumulado de março até ontem, dia 6, de acordo com levantamento feito pela credenciadora Cielo e obtido com exclusividade pela EXAME. O maior impacto aconteceu entre a quarta semana de março (quando a queda chegou a 52,3%) e a primeira semana de abril (quando o recuo atingiu 43,9%). Já a segunda semana deste mês apresenta uma leve melhora dos indicadores, uma vez que a queda arrefeceu para 43,1%”;

c) “O setor mais impactado foi, sem dúvida, o de serviços cuja receita contraiu 50,8%. Esse segmento inclui empresas de turismo e transporte (-63,4%), bares e restaurantes (-43,4%), serviço automotivos e autopeças (27%), entre outros (-48,8%). No caso dos bens duráveis – que englobam itens como vestuário (-50,1%), materiais de construção (-19%) e móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (-39,7%) -, a queda foi menos acentuada, de 39,9%”.

d) “Na contramão, estão os bens não duráveis que tiveram incremento na receita no mesmo período. Farmácias, supermercados e postos de gasolina viram seus números subirem 1,7%, com destaque para as primeiras três semanas de março, quando o isolamento social foi decretado em várias cidades. Na ocasião, a alta chegou a 11,4%”.

e) “O principal responsável por esse salto foram os supermercados e hipermercados que acumulam um avanço de 17,4% de março até a segunda semana de abril. Já as farmácias contribuem com uma alta de 4,4% no período. Por sua vez, postos de gasolina e outros bens não duráveis frearam o indicador, com recuo de 24,1% e de 25,6%, respectivamente”.

1.4.1 Inicio da transcrição parcial da matéria, transcrita integralmente no item 4 abaixo:

Companhias têm caixa limitado na crise

Estudo da FGV mostra que 80% das companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de receita


Por Marina Falcão — Do Recife 09/04/2020 05h01 · Atualizado
  
Cerca de 80% das empresas com alto nível de governança corporativa listadas na B3 têm caixa para manter suas operações por 20 dias sem entrada de receitas. Essas companhias precisam pagar seus fornecedores antes de receber de seus clientes finais, descompasso de caixa predominante no universo empresarial do país.

A conclusão é resultado de um de um levantamento produzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Oscar Malvessi, que compilou informações financeiras de 144 empresas que compõem o Índice de Governança Corporativa (IGC) da bolsa brasileira, entre os anos de 2010 e 2018. “Os números dão uma dimensão das dificuldades que a maioria esmagadora das empresas no Brasil deve passar nessa crise por conta da epidemia de coronavírus. É um cenário muito difícil”, afirmou o professor.

1.5 Também concordo com o secretário atual da Fazenda de São Paulo, quando diz que “observa que, no Brasil, existem quatro grandes bancos, sendo dois deles estatais. “É preciso usar mais o Banco do Brasil e a Caixa, pois eles foram muito úteis em 2008 e 2009”, diz. “É preciso uma ação forte dos bancos oficiais federais ofertando recursos.” Ele lembra que, naquela época, o cadastro positivo ainda não era público, uma vantagem da situação atual”, mas DIANTE DA MAGNITUDE DA QUEDA DAS RECEITAS DAS EMPRESAS, EM TODOS OS SETORES DA ECONOMIA, AO MESMO TEMPO, conforme itens 1.4 e 1.4.1 anteriores, situação que não ocorreu na crise de 2008/2009, em que tivemos, apenas, falta de crédito, DESACOMPANHADA DE COLAPSO GENERALIZADO DO CONSUMO INTERNO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, pensamos ser INSUFICIENTE A AÇÃO FORTE, APENAS, DOS BANCOS ESTATAIS, como ocorreu na crise de 2008/2009, na época em que Henrique Meirelles era Presidente do BACEN, para evitar o COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, ou seja, DADA A MAGNITUDE DO PROBLEMA ATUAL, TAMBÉM, É NECESSÁRIA AÇÃO FORTE DOS BANCOS PRIVADOS, PARA EVITAR O COLAPSO DE TODA A ECONOMIA BRASILEIRA, em função das tendências apontadas pelos cenários e pelos dados abaixo:

Observações Importantes:

1.5.1) Haverá o COLAPSO TOTAL DA ECONOMIA BRASILEIRA, se o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL, para combater o coronavírus, não for equilibrado COM AS MEDIDAS PALIATIVAS, intermediárias, de INJEÇÃO DE CAPITAL NAS EMPRESAS, especialmente nas micro e pequenas empresas, para que estas tenham fôlego para suportar, por  curto espaço de tempo, O MERGULHO PROFUNDO DA ECONOMIA BRASILEIRA E MUNDIAL NA ESCASSEZ DE RECEITAS GERADAS PELO ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL.

1.5.2) Governo Federal, Congresso Nacional, Ministério da Economia, Conselho Monetário Nacional, BACEN e FEBRABAN tem apenas uma chance de evitar que a economia toda se afogue e tem UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO PARA ADOTAR AS MEDIDAS ASSERTIVAS! Ainda há tempo, mas temos que ser rápidos.

1.5.3) Conforme matéria constante do item 9 abaixo “Senado adia a votação da PEC da orçamento de guerra para a semana que vem”, disponível no link https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/04/07/interna_politica,842834/senado-adia-a-votacao-da-pec-da-orcamento-de-guerra-para-a-semana-que.shtml, ou seja, trata-se da proposta do “ORÇAMENTO DE GUERRA”, no valor de R$ 400 BILHÕES.

1.5.4) Esse “ORÇAMENTO DE GUERRA”, no valor de R$ 400 BILHÕES, é insuficiente para capitalização das empresas, pois são necessários cerca de R$ 2,144 TRILHÕES para RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS EMPRESAS, conforme item 4.6 abaixo, mas a PEC do “ORÇAMENTO DE GUERRA” em questão, ao permitir realização de operações pelo BACEN, permitiria ao BACEN realizar operações de RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS EMPRESAS, diretamente pelo BACEN (80% risco tesouro), com participação das instituições financeiras (20% risco instituições financeiras), especialmente RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, PARA PAGAMENTO EM ATÉ 48 PARCELAS, COM INTERVENIÊNCIA DOS BANCOS NA FORMALIZAÇÃO DESSAS OPERAÇÕES, COM BASE EM DADOS SOBRE O HISTÓRICO DE FATURAMENTO DAS EMPRESAS PARA DEFINIR O VALOR DA RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO A SER CONCEDIDO PARA CADA EMPRESA, EM SUBSTITUIÇÃO AO FATURAMENTO INEXISTENTE, EM FUNÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL TOTLA, MAS ESSE FATURAMENTO INEXISTENTE SERIA PROJETADO COM BASE NO HISTÓRICO DE FATURAMENTO A SER FORNECIDO PELA RECEITA FEDERAL, para evitar fraudes, pode suprir a insuficiência do “ORÇAMENTO DE GUERRA” em questão.

a) Em 2013, a Receita Tributada de 5.139.056 empresas foi de R$ 14.123.498.034.499,50 (R$ 14,123 TRILHÕES), em valores corrigidos pelo IPCA de 12/2013 a 02/2020, conforme planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing.

b) O “Comércio Varejista”, código CNAE 47 (vide aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível conforme item anterior ou no item 5.1 abaixo), composto por 1.673.120 empresas, ofereceu à tributação da Receita Federal, em 2013, R$ 1.830.923.752.838,82 (R$ 1,830 TRILHÕES), o que significa que o “Comércio Varejista” faturou R$ 152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2013.

c) Partindo da premissa de que o “Comércio Varejista” tivesse faturado R$ 152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2020, se não fosse o coronavírus, com a redução de 24,7% na receita, conforme matéria intitulada “Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março e abril”, transcrita no item 7 abaixo, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, isto significa que houve uma queda de R$  37.686.513.912,60 (R$ 37,686 BILHÕES) nas receitas, apenas, do Comércio Varejista, mas na prática essa queda foi maior do que os R$ 37,686 BILHÕES, pois o faturamento real, em 2019, do Comércio Varejista, foi maior do que o de R$ 2013.

d) Assim, se o “Comércio Varejista”, que tinha 1.699.940 empresas atuando e empregava 7.958.237 pessoas, em 2015, conforme pode ser consultado no site da Receita Federal (planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”, disponível no endereço citado no item 4.1.1 abaixo) e perdesse R$ 37,686 BILHÕES de faturamento por mês, durante 06 (seis) meses, iria necessitar de recomposição de faturamento, no valor de R$ 226,11 BILHÕES, para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo.

e) Observação: planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”, disponível no link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing),

f) Se as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, responderem por 35% da recomposição de faturamento, no valor de R$ 226.119.083.475,59 (R$ 226,11 BILHÕES), as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, iriam necessitar de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo.

g) Percebamos que estamos falando que, apenas, que as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo, mas ainda temos micro e pequenas empresas das outras 86 atividades econômicas, que podem ser consultadas na aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível conforme item 1.6.19 abaixo.

h)  Desenvolvemos todo o contexto acima para dizer que a aprovação de linha de crédito, pelo Senado Federal, para as micro e pequenas empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES, com recursos do Tesouro Nacional, mas infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES É INSUFICIENTE para evitar o colapso das micro e pequenas empresas, no Brasil, é insuficiente para atender, apenas, o “Comércio Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo. 

i) Além do Comércio Varejista”, existem outras atividades econômicas com queda de 50,8% no faturamento, sendo que o setor mais impactado foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e restaurantes e autopeças, conforme matéria transcrita no item 7 abaixo, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/

j) O Brasil tem uma janela de tempo reduzida para injetar R$ 2,144 TRILHÕES (CÁLCULO VÁLIDO PARA QUEDA DE 25% NAS RECEITAS TRIBUTADAS DAS 87 ATIVIDADES ECONÔMICAS, DE TODOS OS SETORES ECONÔMICOS), na economia, dando 48 (quarenta e oito) meses de parcelamento de débitos para as empresas, calibrando a velocidade de afrouxamento da ISOLAMENTO SOCIAL que foi implementado no Brasil, e se passarmos do “ponto” dessa injeção de capital, via bancos, nas empresas, especialmente, nas micro e pequenas empresas, a economia do Brasil vai para o COLAPSO TOTAL, de forma irreversível.

k) Vide análise “Um mercado à espera do Banco Central - BACEN Fornecendo Crédito Diretamente Para as Empresas, Em Substituição as Receitas Que Caíram Abruptamente Para Que as Empresas Paguem Essas Operações de Crédito de Recomposição do Faturamento Em Até 48 Parcelas” – Fonte – Link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/um-mercado-espera-do-banco-central.html

Senado aprova projeto que cria linha de crédito a micro e pequena empresa



1.6 Louvável a aprovação de linha de crédito, pelo Senado Federal, para as micro e pequenas empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES, com recursos do Tesouro Nacional, conforme matéria transcrita no item 6 abaixo e disponível no link https://exame.abril.com.br/brasil/senado-aprova-projeto-que-cria-linha-de-credito-a-micro-e-pequena-empresa/, mas infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES não serão suficientes para evitar o COLAPSO DA ECONOMIA BRASILEIRA, conforme passamos a expor os fundamentos dessa afirmação.

1.6.1 Em 2013, a Receita Tributada de 5.139.056 empresas foi de R$ 14.123.498.034.499,50 (R$ 14,123 TRILHÕES), em valores corrigidos pelo IPCA de 12/2013 a 02/2020, conforme planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing.

1.6.2 O “Comércio Varejista”, código CNAE 47 (vide aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível conforme item anterior ou no item 5.1 abaixo), composto por 1.673.120 empresas, ofereceu à tributação da Receita Federal, em 2013, R$ 1.830.923.752.838,82 (R$ 1,830 TRILHÕES), o que significa que o “Comércio Varejista” faturou R$ 152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2013.

1.6.3 Partindo da premissa de que o “Comércio Varejista” tivesse faturado R$ 152.576.979.403,24 (R$ 152,57 BILHÕES), por mês, em 2020, se não fosse o coronavírus, com a redução de 24,7% na receita, conforme matéria intitulada “Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março e abril”, transcrita no item 7 abaixo, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/, isto significa que houve uma queda de R$  37.686.513.912,60 (R$ 37,686 BILHÕES) nas receitas, apenas, do Comércio Varejista, mas na prática essa queda foi maior do que os R$ 37,686 BILHÕES, pois o faturamento real, em 2019, do Comércio Varejista, foi maior do que o de R$ 2013.

1.6.4 Assim, se o “Comércio Varejista”, que tinha 1.699.940 empresas atuando e empregava 7.958.237 pessoas, em 2015, conforme pode ser consultado no site da Receita Federal (planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”, disponível no endereço citado no item 4.1.1 abaixo) e perdesse R$ 37,686 BILHÕES de faturamento por mês, durante 06 (seis) meses, iria necessitar de recomposição de faturamento, no valor de R$ 226,11 BILHÕES, para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo.

1.6.5 Observação: planilha “dados_setoriais_consolidados_2011_a_2015-publicacao.xlsx”, disponível no link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing),

1.6.6 Se as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, responderem por 35% da recomposição de faturamento, no valor de R$ 226.119.083.475,59 (R$ 226,11 BILHÕES), as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, iriam necessitar de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo.

1.6.7 Percebamos que estamos falando que, apenas, que as micro e pequenas empresas, do Comércio Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo, mas ainda temos micro e pequenas empresas das outras 86 atividades econômicas, que podem ser consultadas na aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, aba “Receita Bruta 2013”, extraída do site da Receita Federal, cuja consulta é possível conforme item 1.6.19 abaixo.

1.6.8 Desenvolvemos todo o contexto acima para dizer que a aprovação de linha de crédito, pelo Senado Federal, para as micro e pequenas empresas, no valor de R$ 10,9 BILHÕES, com recursos do Tesouro Nacional, mas infelizmente esses R$ 10,9 BILHÕES É INSUFICIENTE para evitar o colapso das micro e pequenas empresas, no Brasil, é insuficiente para atender, apenas, o “Comércio Varejista”, necessitam de recomposição de faturamento, via linhas de crédito, por 06 (seis) meses, no valor de R$ 79.141.679.216,46 (R$ 79,141 BILHÕES), para aguardar a eliminação gradativa das medidas de ISOLAMENTO SOCIAL e reativação da economia, do Brasil e dos demais países do mundo. 

1.6.9 Além do Comércio Varejista”, existem outras atividades econômicas com queda de 50,8% no faturamento, sendo que o setor mais impactado foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e restaurantes e autopeças, conforme matéria transcrita no item 7 abaixo, disponível no link https://exame.abril.com.br/economia/crise-do-coronavirus-faz-receita-do-varejo-cair-247-entre-marco-e-abril/

1.6.10 O Brasil tem uma janela de tempo reduzida para injetar R$ 2,144 TRILHÕES (CÁLCULO VÁLIDO PARA QUEDA DE 25% NAS RECEITAS TRIBUTADAS DAS 87 ATIVIDADES ECONÔMICAS, DE TODOS OS SETORES ECONÔMICOS), na economia, dando 48 (quarenta e oito) meses de parcelamento de débitos para as empresas, calibrando a velocidade de afrouxamento da ISOLAMENTO SOCIAL que foi implementado no Brasil, e se passarmos do “ponto” dessa injeção de capital, via bancos, nas empresas, especialmente, nas micro e pequenas empresas, a economia do Brasil vai para o COLAPSO TOTAL, de forma irreversível.

1.6.11 Deixar as micro e pequenas empresas, no Brasil, quebrarem, por causa dessa crise abrupta, que está exterminando, temporariamente, as receitas dessas empresas, vai ter um efeito devastador sobre a sustentabilidade do PIB do Brasil, se o Governo, o Ministério da Economia, a FEBRABAN e o BACEN não agirem rapidamente. Por quê?

1.6.12 Por que as micro e pequenas empresas geram percentual elevado de novas vagas de trabalho na economia e são grandes empregadoras no mercado formal, conforme item seguinte. Um cenário de DESEMPREGO, EM MASSA, PROMOVIDO PELAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, por falta de auxílio governamental, levaria o país ao caos social, rapidamente, com aumento da miséria, da fome, aumento dos conflitos sociais e da violência, em todas as cidades do país, em pouco tempo.

1.6.13 “O secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse nesta sexta-feira (18/10), que mais de 80% do número de empregos gerados até agora em 2019 veio de pequenas empresas, tanto nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quanto no levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua” – Fonte – Link https://dcomercio.com.br/categoria/economia/em-2019-mais-de-80-do-emprego-veio-das-pmes.

1.6.14 Por isso, defendo que o BACEN forneça crédito diretamente para as empresas, especialmente para as micro e pequenas empresas, com o crédito substituindo as receitas que caíram abruptamente, para que as empresas paguem essas operações de crédito de recomposição do faturamento em até 48 parcelas e as dívidas atuais, também, sejam parceladas em até 48 parcelas – Fonte – Link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/planejamento-estrategico-operacional-no.html

1.6.15 Essas operações de crédito de RECOMPOSIÇÃO DO FATURAMENTO DAS EMPRESAS, diretamente pelo BACEN, especialmente para as micro e pequenas empresas, para pagamento em até 48 parcelas, com interveniência dos bancos na formalização dessas operações, com base em dados sobre o histórico de faturamento das empresas que vai definir o valor do crédito que seria  fornecido para cada empresa, em substituição ao faturamento inexistente, com o histórico de faturamento sendo fornecido pela Receita Federal, para evitar fraudes.

1.6.16 Em que pese ser uma opção o BACEN adquirir papéis de “alta qualidade (com rating AAA ou AA+), a medida já será importante para trazer equilíbrio de preços ao mercado secundário”, conforme abordado na matéria do Estadão intitulada “Um mercado à espera do Banco Central”, disponível no link https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/um-mercado-a-espera-do-banco-central, essa alternativa é NECESSÁRIA, mas INSUFICIENTE para que as empresas, especialmente as micro e pequenas empresas, consigam sobreviver a brutal perda de receitas, que vai se aprofundar, nos próximos 06 (seis) meses, provocada pelo ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL, até que a economia do país consiga reagir, novamente, na medida em que o ISOLAMENTO SOCIAL TOTAL for paulatinamente revertido, no Brasil e no resto do mundo.

1.6.17 Vide análise mais detalhada em “Um mercado à espera do Banco Central - BACEN Fornecendo Crédito Diretamente Para as Empresas, Em Substituição as Receitas Que Caíram Abruptamente Para Que as Empresas Paguem Essas Operações de Crédito de Recomposição do Faturamento Em Até 48 Parcelas”, disponível no link https://rogerounielo.blogspot.com/2020/04/um-mercado-espera-do-banco-central.html

1.6.18 Receita Bruta Tributada - Reprodução da aba “Receita Bruta 2013”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing:

1.6.19 Transcrição da aba “Descrição CNAE”, da planilha “relatoriopordivisao.xlsx”, extraída do site da Receita Federal, link http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/estudos-diversos/dados-informacoes-e-graficos-setoriais-2008-a-2012, disponível no Google Drive, pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link https://drive.google.com/drive/folders/0B-FB-YQZiRk8SEdQb1BYUTRQLXc?usp=sharing:

2. Inicio da transcrição da matéria:

“É preciso uma ação forte dos bancos estatais”

Para Henrique Meirelles, alguns dos problemas enfrentados pelas companhias ainda não foram adequadamente resolvidos pelo governo

  
09/04/2020 | Brasil | Valor Econômico

Os governos e analistas de vários países já discutem cenários para a retomada da economia no pós-crise da covid-19. Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, observa que, no Brasil, o ritmo da retomada vai depender da saúde financeira das empresas no momento da transição.

Com a experiência de quem pilotou a saída do país da crise de 2008, Meirelles adverte que alguns problemas enfrentados hoje pelas empresas ainda não foram adequadamente resolvidos pelo governo.

Alguns problemas ainda não tiveram solução, diz Meirelles

O primeiro deles, segundo Meirelles, é que os bancos estão com políticas restritivas de crédito. Embora tenham recursos disponíveis, pois o BC reduziu o depósito compulsório e o governo disponibilizou uma linha especial de crédito para capital de giro, o dinheiro não está chegando nas empresas. “É normal, pois há o receio com a situação futura dos tomadores. Mas é preciso pensar em alternativas para o problema.”

Ele lembra que, na crise de 2008/2009, um dos problemas centrais foi justamente o travamento do crédito, tanto internacional, como doméstico. “O consumo colapsou porque não tinha crédito”, recorda. “Houve queda de 20% do crédito total no país.” Naquela época, pequenas e médias empresas e pequenos bancos ficaram sem acesso ao crédito.

Entre as medidas adotadas para enfrentar aquela crise, Meirelles destaca a redução do compulsório. “Liberamos desde que os recursos fossem direcionados para bancos e financeiras com capital até certo limite.” Ele sugere que as próximas liberações sejam vinculadas a empréstimos para pessoas físicas, jurídicas e a outros bancos.

O atual secretário da Fazenda de São Paulo observa que, no Brasil, existem quatro grandes bancos, sendo dois deles estatais. “É preciso usar mais o Banco do Brasil e a Caixa, pois eles foram muito úteis em 2008 e 2009”, diz. “É preciso uma ação forte dos bancos oficiais federais ofertando recursos.” Ele lembra que, naquela época, o cadastro positivo ainda não era público, uma vantagem da situação atual.

Para Meirelles, os bancos estatais poderão, sem dúvida, estimular a competição entre os bancos. Mas ele sugere também que o governo pense na criação de um fundo garantidor de crédito, que possa dar maior segurança às operações.
Além da questão do crédito, o ex-ministro da Fazenda considera que a ajuda do governo às empresas que não demitirem os trabalhadores também não foi adequada. O governo criou uma linha de crédito para financiar a folha de pagamento das empresas, mas Meirelles acha que o caminho correto é o adotado pelo Reino Unido. Lá, o governo vai bancar 80% do salário, até um certo limite, dos trabalhadores que não forem demitidos, mas colocados em licença.

O ex-ministro considera que a solução adotada pelo governo brasileiro - a linha de crédito para a folha de pagamento - levará as empresas a ficarem endividadas, o que poderá dificultar a retomada da economia. Para ele, seria preferível que o Tesouro disponibilizasse recursos, a fundo perdido, para que as empresas pagassem os seus empregados. “Antes da crise, as empresas estavam saudáveis. Elas também precisam estar saudáveis na retomada”, propõe.

Outro problema que precisa ser resolvido com rapidez, na opinião do ex-ministro, é o pagamento da renda emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais. “Esse é um desafio logístico”, disse, observando a dificuldade da maioria desses trabalhadores terem acesso aos sites oficiais com as informações sobre o programa.

Sem que essas questões estejam bem resolvidas, Meirelles acha que a maior probabilidade é que a retomada da economia no pós-crise da covid-19 tenha a forma de “U”, e não de “V”. Ou seja, depois de uma queda abrupta, haverá um tempo maior para que ocorra uma recuperação plena da atividade econômica. Em sua avaliação, uma rápida recuperação após a crise é uma possibilidade mais difícil.

Sem ilusões

Não se pode ter ilusão sobre o efeito da crise provocada pela pandemia na economia. A melhor referência sobre o que vai acontecer nesta área é a crise internacional de 2008/2009. A economia brasileira sofreu pouco com aquela crise, pois o Produto Interno Bruto (PIB) caiu apenas 0,1% em 2009. A retomada foi rápida, pois aconteceu no segundo trimestre daquele ano.

Mesmo assim, os tributos administrados pela Receita caíram 1,3 ponto percentual do PIB. Mas a queda foi compensada por aumento de receitas não administradas pela Receita, como dividendos pagos por estatais federais. Houve alta ainda da receita da Previdência (ver quadro abaixo).

Neste ano, a recessão será bem maior que em 2009, como estima a totalidade dos analistas do mercado. Alguns chegam a dizer que o PIB poderá cair 6%. Em tal cenário, não é apenas a receita administrada pela RFB que será bem menor, mas também a receita não administrada e a arrecadação da Previdência, em virtude do desemprego que deverá ocorrer. “A queda da receita vai ser muito forte”, disse uma fonte do governo.

No caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o efeito também será dramático e a receita deverá cair mais do que o PIB. Especialistas consultados pelo Valor advertem que setores com maior carga tributária (como energia elétrica e combustíveis) poderão ter maior contração da atividade do que os de baixa carga tributária (como alimentos e produtos farmacêuticos).


Ribamar Oliveira é repórter especial e escreve às quintas-feiras E-mail: ribamar.oliveira@valor.com.br


Fim

3. Início da transcrição da matéria:

Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março e abril

Com queda de 50,8% no faturamento, o setor mais impactado foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e restaurantes e autopeças


Por Natália Flach - 7 abr 2020, 18h00

Bar: o segmento de bares e restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril (Divulgação/Divulgação)

Com lojas fechadas por todo o país, o faturamento do varejo caiu 24,7% no acumulado de março até ontem, dia 6, de acordo com levantamento feito pela credenciadora Cielo e obtido com exclusividade pela EXAME. O maior impacto aconteceu entre a quarta semana de março (quando a queda chegou a 52,3%) e a primeira semana de abril (quando o recuo atingiu 43,9%). Já a segunda semana deste mês apresenta uma leve melhora dos indicadores, uma vez que a queda arrefeceu para 43,1%.

O setor mais impactado foi, sem dúvida, o de serviços cuja receita contraiu 50,8%. Esse segmento inclui empresas de turismo e transporte (-63,4%), bares e restaurantes (-43,4%), serviço automotivos e autopeças (27%), entre outros (-48,8%). No caso dos bens duráveis – que englobam itens como vestuário (-50,1%), materiais de construção (-19%) e móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (-39,7%) -, a queda foi menos acentuada, de 39,9%.

Na contramão, estão os bens não duráveis que tiveram incremento na receita no mesmo período. Farmácias, supermercados e postos de gasolina viram seus números subirem 1,7%, com destaque para as primeiras três semanas de março, quando o isolamento social foi decretado em várias cidades. Na ocasião, a alta chegou a 11,4%.

O principal responsável por esse salto foram os supermercados e hipermercados que acumulam um avanço de 17,4% de março até a segunda semana de abril. Já as farmácias contribuem com uma alta de 4,4% no período. Por sua vez, postos de gasolina e outros bens não duráveis frearam o indicador, com recuo de 24,1% e de 25,6%, respectivamente.


Fim

4. Início da transcrição da matéria:

Companhias têm caixa limitado na crise

Estudo da FGV mostra que 80% das companhias do IGC têm caixa para 20 dias sem entrada de receita


Por Marina Falcão — Do Recife 09/04/2020 05h01 · Atualizado
  
Cerca de 80% das empresas com alto nível de governança corporativa listadas na B3 têm caixa para manter suas operações por 20 dias sem entrada de receitas. Essas companhias precisam pagar seus fornecedores antes de receber de seus clientes finais, descompasso de caixa predominante no universo empresarial do país.

A conclusão é resultado de um de um levantamento produzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Oscar Malvessi, que compilou informações financeiras de 144 empresas que compõem o Índice de Governança Corporativa (IGC) da bolsa brasileira, entre os anos de 2010 e 2018. “Os números dão uma dimensão das dificuldades que a maioria esmagadora das empresas no Brasil deve passar nessa crise por conta da epidemia de coronavírus. É um cenário muito difícil”, afirmou o professor.

Diante da extensão da crise econômica, os dias de reserva de caixa parecem muito limitados

Empresas com descompasso de prazos precisam de recursos financeiros para bancar suas operações. Segundo o estudo do professor da FGV, essas empresas atuam nos setores diversos, como de alimentos, agronegócios, bens de capital, educação, papel e celulose, química e petroquímica, serviços financeiros, shoppings, siderurgia, metalurgia, têxtil e varejo. “São empresas que vivem antecipando dinheiro no banco”, afirma Malvessi.

No Brasil, as companhias que possuem a vantagem de ter um prazo para pagamento superior ao de recebimento - também chamadas de empresas com capital de giro negativo - são exceção, segundo Malvessi. No IGC, elas são apenas 21% da amostra. O estudo mostra que essas empresas estão distribuídas nos setores de supermercados, energia, sucroalcooleiro, telecomunicações, serviços, transportes, logística e aluguel de carros.

Companhias com capital de giro negativo em geral têm poder de barganha e de mercado suficiente para conseguir prazo nas negociações com fornecedores ou não precisar conceder crédito para os seus clientes finais. Quando essas empresas são incluídas no levantamento de Malvessi, o excesso financeiro disponível para enfrentar a crise dobra para 40 dias, na mediana.

Diante da extensão da crise econômica causada pela pandemia de covid-19, os dias de reserva de caixa parecem muito limitados. No entanto, de acordo com o estudo, a folga melhorou em relação à 2010 (ver quadro ao lado). Para Malvessi, isso ocorreu principalmente porque as empresas buscaram ampliar sua reserva de liquidez diante de um cenário macroeconômico mais adverso.

Em 2016, ano que marcou o auge da maior recessão econômica brasileira no século, a folga financeira, que era 16 dias em 2010, alcançou de 28 dias, considerando o levantamento que inclui apenas as empresas que pagam antes de receber. Segundo Malvessi, o aumento no nível de insegurança em relação à economia provoca esse efeito. “O ideal era trabalhar com o mínimo de caixa, mais pode ter ficado mais difícil tomar empréstimos e conseguir taxas boas. Quando viu uma janela de oportunidade para captar, a empresa trouxe para dentro de casa”, explica. De modo geral, diz, as empresas brasileiras trabalham com caixa maior do que as americanas.

Ao mesmo tempo, o crescimento da folga financeira nos últimos anos pode ser atribuído a um avanço na gestão nas empresas com elevado nível de governança, que conseguiram aprimorar a conciliação de prazos de pagamento e recebimento. Segundo Malvessi, as empresas que demonstram melhoria na gestão de capital de giro, tendem a ter crescimento no retorno sobre o capital investido.


Fim

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