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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O risco da incerteza e os instrumentos de gestão de variáveis microeconômicas para diminuição do risco da incerteza, do risco de mercado e do risco de crédito


O risco da incerteza e os instrumentos de gestão de variáveis microeconômicas para diminuição do risco da incerteza, do risco de mercado e do risco de crédito - Fonte - Link https://rogerounielo.blogspot.com/2019/09/o-risco-da-incerteza-e-os-instrumentos.html ou Fonte - Link https://www.linkedin.com/pulse/o-risco-da-incerteza-e-os-instrumentos-gest%C3%A3o-vari%C3%A1veis-fran%C3%A7a/


Setembro 2019 \ Banco Central do Brasil \ Relatório de Inflação \ Página 61 – Fonte – Link https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/ri/201909/ri201909p.pdf

1.            A incerteza é uma variável muito importante para a evolução da atividade econômica e o Banco Central tem procurado captar o seu efeito nos seus modelos macroeconômicos. Para avaliar o papel da incerteza, o BC avaliou dados trimestrais de 23 países entre o 1º trimestre de 1998 e o 1º trimestre de 2019, informa o Relatório de Inflação do 3º trimestre” (vide item 8 abaixo).

2.            Da incerteza pode derivar “percepções erráticas” por parte de agentes econômicos e, ao mesmo tempo, comportamentos microeconômicos erráticos, parcialmente citados abaixo, extraídos do artigo “O risco da incerteza”, publicado em 29/09/2019, pela jornalista Ângela Bittencourt, transcrito no item 8 abaixo:

Maior incerteza reduz investimento e a capacidade produtiva da economia, com efeitos mais pronunciados sobre investimentos irreversíveis e sobre investimentos da construção civil e de setores exportadores

3.            Existem muitas variáveis que podem gerar essas “percepções erráticaspor parte de agentes econômicos. Por exemplo, a matéria intitulada “Mensagem da França ao capitalismo é simples: adapte-se ou morra”, é um insumo importante para criação de “percepções erráticas”, quando diz:

a)           Se não inventarmos um novo capitalismo, soluções econômicas absurdas nos convencerão e nos levarão diretamente à recessão”, disse Le Maire em entrevista no fim do mês passado”;

b)           Um exemplo fundamental para ele é a Itália, onde o governo populista chegou ao poder em meio a uma onda de indignação pública. O governo descartou rapidamente o manual da responsabilidade fiscal, o que fez os rendimentos dos títulos subirem e a confiança cair, ajudando a empurrar a economia para uma recessão”;

c)           O presidente Emmanuel Macron e seu ministro de Finanças estão usando a presidência no Grupo dos Sete para argumentar que o sistema alimenta a desigualdade”.




4.            Poderia listar inúmeras outras matérias da imprensa nacional e internacional criando esse ambiente psicológico de incerteza quanto ao futuro da economia mundial, o que, certamente, é combustível que gera “percepções erráticas”.

5.            Considerando a assimetria de informações dos agentes econômicos quanto ao que de fato ocorre na economia real do seu país, em decorrência de uma desaceleração econômica mundial, as “percepções erráticas” tem o potencial de produzir efeitos paralisantes sobre toda a economia brasileira, em ambiente de recessão econômica, pois não existem instrumentos de gestão microeconômicos que permitam para os agentes econômicos a tirada de conclusões macroeconômicas, a partir da análise do histórico de comportamento das variáveis microeconômicas, para que os agentes econômicos possam separar o que é possível de ocorrer do que é de ocorrência altamente improvável de acontecer, diante de uma desaceleração econômica brasileira ou mundial, por exemplo, e de quais são as atividades econômicas que serão mais afetadas, menos afetadas, não afetadas, ou terão crescimento, diante de uma desaceleração econômica, no Brasil e no mundo, o que criaria um ambiente mais racional e menos psicológico para balizar tomada de decisões de investimentos pelos agentes econômicos diante de episódios de desaceleração econômica.

6.            Por exemplo, bancos cortam crédito de forma generalizada na economia, na presença de desaceleração econômica, mas cortam o crédito para atividades econômicas de fato afetadas pela desaceleração econômica e, também, cortam o crédito para atividades econômicas não afetadas pela desaceleração econômica, em função de “percepções erráticas” sem base racional, criando problemas para as empresas e para os indivíduos, por falta de crédito, em atividades econômicas que não foram de fato afetadas pela desaceleração econômica, mas que passam a ser afetadas, não pela desaceleração econômica em si, mas pelo corte de crédito, indevido, promovido pelo Sistema Financeiro Nacional-SFN, por que o SFN, devido a assimetria de informações, imagina que determinada atividade econômica vai ser afetada pela desaceleração econômica, quando não vai ser afetada por referida desaceleração econômica ou vai ser afetada, mas não da maneira drástica que o SFN imagina. Percebeu por que “percepções erráticas”, por assimetria de informações, são extremamente danosas para a economia do país e para as atividades econômicas?

7.            Por isso, sugeri ao BACEN criação de instrumentos de gestão de crises, por meio de alteração da Resolução nº 2682, de 21/12/1999, para que os agentes econômicos recebam dados agregados da microeconomia (código IBGE de municípios e CNAE no último nível - seção, divisão, grupo, classe e subclasse, conforme anexo), cujas informações para alimentação de referidos instrumentos de gestão de crises seriam disponibilizados pela Receita Federal e por outros órgãos da administração pública, para que os próprios agentes econômicos façam a gestão do risco de mercado e do risco de crédito, decorrentes de crises econômicas internas e externas, balizando suas decisões de investimentos não mais na opinião de quem fala por meio da imprensa, mas com base em observações objetivas, históricas, de dados de variáveis microeconômicas da economia real, para que decidam se vão ou não retomar os investimentos no Brasil, e em que atividades econômicas e em quais municípios, em função da eliminação da assimetria de informações, outra grande causa de “percepções erráticas”:



CRIAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO PARA QUE OS EMPRESÁRIOS RETOMEM OS INVESTIMENTOS NO BRASIL - CRIAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE CRISES PARA O SFN - DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS PELA RECEITA FEDERAL E POR OUTROS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA CRIAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO PELO BACEN, INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INSTITUIÇÕES NÃO FINANCEIRAS QUE CONCEDAM CRÉDITO E PARA INVESTIDORES NACIONAIS E INTERNACIONAIS - Alteração da Resolução nr. 2682, de 21/12/1999, para que instituições financeiras e instituições não financeiras que concedam crédito utilizem dados agregados disponibilizados pela Receita Federal e por outros órgãos da administração pública para gestão do risco de mercado e do risco de crédito decorrentes de crises econômicas internas e externas - Conforme matéria do Valor Econômico, constante do item 10, abaixo, O BRASIL VIVE A RECESSÃO DOS INVESTIMENTOS - Fonte - Link https://rogerounielo.blogspot.com/2019/05/criacao-de-instrumentos-de-gestao-para.html

Fim

8.            Início da transcrição da matéria:

O risco da incerteza

Publicado em 29 de setembro de 2019

Angela Bittencourt
Jornalista


A incerteza é uma variável muito importante para a evolução da atividade econômica e o Banco Central tem procurado captar o seu efeito nos seus modelos macroeconômicos. Para avaliar o papel da incerteza, o BC avaliou dados trimestrais de 23 países entre o 1º trimestre de 1998 e o 1º trimestre de 2019, informa o Relatório de Inflação do 3º trimestre.

Conclusões:

1. Maior incerteza reduz investimento e a capacidade produtiva da economia, com efeitos mais pronunciados sobre investimentos irreversíveis e sobre investimentos da construção civil e de setores exportadores.

2. Os consumidores reduzem o consumo e aumentam a poupança [preventivamente], com efeitos sobre gastos com bens duráveis e de maior valor.

3. A incerteza diminui a eficiência alocativa de recursos na economia e, por tabela, o crescimento da produtividade.

4. As empresas contratam menos, treinam menos funcionários e também elevam menos os salários e tornam-se mais inclinadas a utilizar trabalhadores temporários, enquanto os trabalhadores ficam menos dispostos a mudar de emprego e essa combinação pode levar a menores salários e à menor produtividade dos trabalhadores.

5. Incerteza durante uma recuperação cíclica tornam essa mesma recuperação mais lenta.

6. A incerteza pode ser local e/ou global, sendo que a incerteza global tem efeitos relevantes sobre os ciclos econômicos.



Fim


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