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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

'Se precisar fechar, fecha', diz secretário de Guedes sobre a GM. Liberalismo é isso, se precisar fechar, fecha

'Se precisar fechar, fecha', diz secretário de Guedes sobre a GM. Liberalismo é isso, se precisar fechar, fecha







1. 'Se precisar fechar, fecha', declaração de Carlos da Costa, secretário de Guedes sobre a GM, sinaliza que governo vai resistir a eventuais pedidos de incentivos, divulgada em 25/01/2019, às 2h00, matéria disponível no link https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/se-precisar-fechar-fecha-diz-secretario-de-guedes-sobre-a-gm.shtml

2. Liberalismo é isso, se precisar fechar, fecha!

3. A GM e/ou outra (s) montadora (s), se for o caso, deve(m) adotar medidas de gestão para se adequarem à nova realidade do mercado brasileiro e mundial, eventualmente saindo do mercado brasileiro ou de outros mercados, sem esquecer que o espaço deixado, a duras penas conquistado, poderá ser ocupado por outras montadoras mais competentes na gestão de ativos em momentos de ajustes do mercado nacional e internacional, pois não cabe ao Estado Brasilero (CONTRIBUINTES BRASILEIROS) assumirem os riscos das atividades empresariais ou o Estado Brasilero (CONTRIBUINTES BRASILEIROS) se tornarem SÓCIOS DOS PREJUÍZOS EMPRESARIAIS, por questões de sazonalidades de mercado que as montadoras enfrentam e já enfrentaram muitas e muitas vezes e vão continuar a enfrentar esses riscos normais da sua atividade econômica.

4. É fácil a GM, outras montadoras e/ou empresas de qualquer setor da atividade econômica, dizer(tem) que vai(ao) ser(em) competitiva(s) com dinheiro público, por meio de incentivos fiscais concedidos pelo Estado brasileiro, de resultados muitas vezes duvidosos.

5. É o comportamento patrimonialista da iniciativa privada (dizerem que vai (ao) ser (em) competitiva(s) com dinheiro público, por meio de incentivos fiscais concedidos pelo Estado brasileiro, de resultados muitas vezes duvidosos), que precisa ser extinto, NO BRASIL, junto com a extinção do patrimonialismo dos agentes públicos, de políticos e de partidos políticos (adoram políticos e partidos políticos o patrimonialismo do Estado, pois esse patrimonialismo do Estado, desejado pela iniciativa privada, PARA “SALVAR” a atividade privada das suas crises sazonais normais, em momentos de dificuldades de mercado, passageiras, rende para políticos e partidos políticos POUPUDAS PROPINAS, por anos às vezes, pagas pela iniciativa privada, utilizando dinheiro público dos contribuintes), AFUNDANDO A ATIVIDADE ECONÔMICA DE TODO O PAÍS, via elevação exponencial do endividamento público, para COMPENSAR A PERDA DA ARRECADAÇÃO PROVOCADA PELAS DESONERAÇÕES FISCAIS, para o Tesouro Nacional socorrer quem pode se salvar sozinho, TRANSFERINDO PARA O CONTRIBUINTE O CUSTO DAS DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS, por meio do aumento da CARGA TRIBUTÁRIA, o que deprime o poder de compra, generalizado, da economia brasileira como um todo.

6. Apesar do comportamento patrimonialista da iniciativa privada, com recursos públicos, cujas renúncias fiscais somaram R$ 400 BILHÕES em 2017 e R$ 378 BILHÕES em 2016 (lembrando que as renúncias fiscais tiveram aumentos expressivos a partir de 2011), a economia brasileira afundou a “olho nu”, FAZENDO A ARRECADAÇÃO SER CADA VEZ MAIS INSUFICIENTE PARA COBRIR DESPESAS PÚBLICAS EXORBITANTES QUE SE ELEVARAM EXPONENCIALMENTE, NA MEDIDA EM QUE O TEMPO PASSOU, o que é INSUSTENTÁVEL, GERANDO A NECESSIDADE DE AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA, PARA PAGAMENTO DE JUROS E AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA PÚBLICA (vide série histórica das desonerações fiscais no quadro anexo, extraído do link https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4131302/mod_resource/content/0/IFI_NT_07_2017-09-14.pdf

6.1 Início da transcrição da matéria:

Renúncia fiscal soma R$ 400 bi em 2017 e supera gastos com saúde e educação

Classificadas pelo Fisco como 'perda de arrecadação', renúncias tributárias foram concedidas pelos governos nas últimas décadas a fim de estimular setores da economia ou regiões.

Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

03/09/2017 05h00  Atualizado há um ano

As chamadas renúncias tributárias, ou seja, a perda de arrecadação que o governo registra ao reduzir tributos com caráter "compensatório" ou "incentivador" para setores da economia e regiões do país, estão estimadas em R$ 284 bilhões neste ano.

Juntamente com os benefícios financeiros e creditícios (R$ 121,13 bilhões), os valores totais estão projetados em R$ 406 bilhões para este ano, com alta de 7,4% frente ao ano de 2016 (R$ 378 bilhões).

Os números são da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Continua na matéria original

6.2 A elevação das desonerações fiscais, detalhadas nos itens 6 e 6.1 anteriores, conjugadas com a brutal elevação da dívida pública federal, fez com que dos R$ 15.748.557.917.000,90 (R$ 15,7 TRILHÕES), em gastos, diretos, do Governo Federal, realizados entre 2004 e 2014, 74,093% desses gastos estivessem concentrados no programa “XXYZ - Pessoal, Encargos Sociais e Dívida”, conforme item 7.B, abaixo, ou seja, O ENDIVIDAMENTO DESCONTROLADO DO ESTADO BRASILEIRO, JUNTO COM o comportamento patrimonialista da iniciativa privada (UTILIZAR DINHEIRO PÚBLICO PARA SOCORRER EMPRESAS SÓLIDAS E COM SÓCIOS INTERNACIONAIS BILIONÁRIOS, EM MOMENTOS DE DIFICULDADES DE MERCADO SAZONAIS NORMAIS), que precisa (comportamento) ser extinto, NO BRASIL, e o patrimonialismo dos agentes públicos, de políticos e de partidos políticos (adoram políticos e partidos políticos o patrimonialismo do Estado, pois esse patrimonialismo do Estado, desejado pela iniciativa privada, rende para políticos e partidos políticos POUPUDAS PROPINAS, por anos às vezes, pagas pela iniciativa privada), estão AFUNDANDO A ATIVIDADE ECONÔMICA DE TODO O PAÍS, via elevação exponencial do endividamento público, para COMPENSAR A PERDA DA ARRECADAÇÃO PROVOCADA PELAS DESONERAÇÕES FISCAIS, para o Tesouro Nacional socorrer quem pode se salvar sozinho, TRANSFERINDO PARA O CONTRIBUINTE O CUSTO DAS DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS, por meio do aumento da CARGA TRIBUTÁRIA, o que deprime o poder de compra, generalizado, da economia brasileira como um todo.

7. Gastos Governo Federal - Série Histórica - 2004 a 2014 - Contas Nacionais - Análise Integrada - Situação Atual - Tendência de Descontrole - Parte 02
PARA: ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS, ORGANIZAÇÕES PRIVADAS E CIDADÃOS DO BRASIL E DO MUNDO - Parte 02

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Para conhecimento,

Portal da Transparência - Gastos Governo Federal - Série Histórica - 2004 a 2014

RESUMO

A) Identifica-se o tamanho das derrapagens fiscais, do Governo Federal, do Brasil, no “Portal da Transparência - Gastos Governo Federal - Série Histórica - 2004 a 2014”, por meio do qual analisamos, minuciosamente, as contas nacionais, de forma integrada, buscando identificar a situação atual da situação, fiscal, do país, e que demonstrou que as contas públicas brasileiras estão com tendência de descontrole total;

B) No item 19, de referida análise, temos que do total de R$ 15.748.557.917.000,90 (R$ 15,7 TRILHÕES), em gastos, diretos, do Governo Federal, realizados entre 2004 e 2014, atualizados monetariamente -- valor sem atualização monetária é de R$ 12.198.072.173.459,50 (R$ 12,2 TRILHÕES) --, o programa “XXYZ - Pessoal, Encargos Sociais e Dívida” foi responsável por 74,093% desses gastos.

C) Assim, de 2004 a 2014, de cada R$ 100,00, o Governo Federal utilizou R$ 74,09 para pagar, apenas, três despesas: pessoal, encargos sociais e dívidas.

D) No item nº 25, de referida análise, temos que a amortização e pagamento de juros da dívida pública federal (R$ 826,7 BILHÕES) representaram 56% do total das despesas do Governo Federal, em 2014 (R$ 1,47 TRILHÕES).

E) No item 69, de referida análise, temos a demonstração da crescente paralisia do Governo Federal, por falta de recursos, quase que integralmente direcionados para pagamento das três despesas citadas anteriormente, especialmente pagamento de juros e amortização da dívida pública federal bruta.

F) De 2004 a 2014, o Brasil teve 706 programas, mas deste total, apenas, 262 programas, continuam vigentes, em 2014.

G) houve redução de 63% na quantidade de programas, no Brasil, de 2004 a 2014, como decorrência, lógica, da falta de recursos públicos, cada vez mais comprometidos com o pagamento de amortização e juros da dívida pública federal e salários e encargos de servidores públicos.

H) No item nº 29, de referida análise, temos que a “Dívida Pública Federal Bruta” era de R$ 1.971.590.391.400,00 (R$ 1,9 TRILHÕES), em 2001, e saltou para R$ 3.466.519.331.480,00 (R$ 3,4 TRILHÕES), em 2014, acréscimo de R$ 1.494.928.940.080,00 (R$ 1,4 TRILHÕES), de 2001 a 2014, ou 76%, no período, em valores corrigidos monetariamente, ou seja, trata-se de crescimento real da “Dívida Pública Federal Bruta”, sem os efeitos inflacionários.

I) Gastos Governo Federal - Série Histórica - 2004 a 2014 - Contas Nacionais - Análise Integrada - Situação Atual - Tendência de Descontrole:

Parte 01 - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2015/01/gastos-governo-federal-serie-historica.html

Parte 02 - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2015/01/gastos-governo-federal-serie-historica_21.html

Parte 03 - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2015/01/gastos-governo-federal-serie-historica_64.html

J) Essas análises foram produzidas por meio da utilização de dados oficiais, extraídos do “Portal da Transparência”, mantido pela Controladoria Geral da União-CGU, disponível no link http://www.portaltransparencia.gov.br/

Fonte - Link https://rogerounielo.blogspot.com/2015/01/gastos-governo-federal-serie-historica_21.html?m=1

Fim

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Uma empresa mais humana não é necessariamente melhor e os valores humanos para a perenidade das organizações

Uma empresa mais humana não é necessariamente melhor e os valores humanos para a perenidade das organizações



1. “Uma empresa mais humana não é necessariamente melhor” é o título de matéria do Valor Econômico, transcrita no item 2 a seguir, da qual destacamos os seguintes trechos:

A) “Um ponto cego nessa discussão é que ser "mais humana" não significa necessariamente ser "melhor": poluição, violência e desigualdades sociais são consequências, diretas ou indiretas, do que somos e de como agimos”;

B) “Organizações são essencialmente criações humanas e, como tais, manifestam aquilo que somos. Corrupção de governos, esquemas ponzi, ocultação de dados de poluição e polarização social como tática de atração de usuários são práticas bem recentes de grandes e admiradas organizações”.

1.1 Medimos o sucesso e a perenidade de organizações com base no tempo em que duram, ao longo do tempo.

1.2 Criar organizações e manter organizações mais humanas certamente não é uma tarefa fácil e de fato, sob o ponto de vista econômico e financeiro, é crucial avaliar se vale mesmo a pena criar e manter organizações onde as pessoas que trabalham na organização não roubem a própria organização (NÃO ROUBAR A ORGANIZAÇÃO E NÃO ENGANAR A ORGANIZAÇÃO, SENDO OS FUNCIONÁRIOS IMPRODUTIVOS E GERANDO OS FUNCIONÁRIOS IMPRODUTIVOS TODA ORDEM DE PREJUÍZOS DIRETOS E INDIRETOS PARA A ORGANIZAÇÃO,  SÃO VALORES  HUMANOS), onde as pessoas que trabalham na organização não desenvolvam produtos e serviços sem observância da lei e de valores éticos e morais (OBSERVAR A LEI, OBSERVAR VALORES ÉTICOS E MORAIS, no desenvolvimento de produtos e serviços da organização, SÃO VALORES HUMANOS), que em tempos de consciência social coletiva podem (empresa desenvolver, por meio da conduta de seus funcionários e colaboradores, produtos e serviços sem observância da lei e de valores éticos e morais) gerar inúmeros processos judiciais, na órbita civil, para a organização, para reparação de danos civis e de danos morais, processos judiciais esses a serem impetrados por consumidores prejudicados, conscientes de seus direitos e das suas obrigações, e pelo próprio Ministério Público, que defende os interesses dos consumidores e defendem os interesses sociais coletivos, para que as empresas disponibilizem produtos e serviços que não prejudiquem os consumidores e a sociedade.

3. As organizações religiosas, creio, são um belo exemplo de organizações que, a despeito, de não terem os homens, fiéis dos templos e fiéis da crença e da busca de serem melhores como homens,
estão aí a séculos, numa simbiose energética entre as organizações religiosas e às necessidades dos homens de melhoramento espiritual, enquanto fiéis, que podem ser estudadas (organizações religiosas),  sob o ponto de vista das ciências sociais e organizacionais, em geral, para responder a umas simples perguntas:

A) Se minha empresa professar valores humanos, internamente, e se os funcionários e colaboradores da minha empresa, também professarem valores humanos na prestação de serviços à sociedade, tende minha empresa a ser perene como uma organização religiosa ou é pura perda de tempo e de dinheiro trabalhar pela elevação moral, espiritual e ética dos funcionários e dos colaboradores da minha empresa?

B) Uma empresa mais humana não é necessariamente melhor para a sobrevivência da minha empresa, na sociedade, ao longo do tempo, ou uma empresa mais humana é necessariamente melhor para a sobrevivência da minha empresa, na sociedade, ao longo do tempo?

C) A organização que professa valores imorais, reforçando o lado imoral dos homens (funcionários e colaboradores) ou a organização que não coibe o lado imoral dos homens (funcionários e colaboradores), por meio de uma vigorosa cultura de culto a valores humanos, permitindo que a organização, apesar de não desejar professar valores imorais,  passe a professar valores imorais, reforçando o lado imoral dos homens (funcionários e colaboradores) permanece de pé por muito tempo?

2. Início da transcrição da matéria:

Uma empresa mais humana não é necessariamente melhor

Fonte - Link https://mobile.valor.com.br/carreira/6045973/uma-empresa-mais-humana-nao-e-necessariamente-melhor

05h00

Por Claudio Garcia

Organizações deveriam ser mais humanas. Esse é um desejo ou visão persistente de muitas pessoas do mundo empresarial. Para muitos, isso significa um ambiente de trabalho mais respeitoso e acolhedor, para outros representa oportunidades para se aumentar a competitividade ("o capital humano é a única vantagem competitiva de organizações").

Ou ainda, representa a consequência da rápida automação de tarefas repetitivas - o advento de novas tecnologias forçará organizações a criarem mais oportunidades de trabalho que se utilizam de capacidades 'humanas' de difícil automação, como as criativas e de relacionamento, argumentam. Ser "mais humano" é associado a uma crença de que organizações serão melhores para os seus profissionais, clientes, sociedade e acionistas. Nada de mau nisso. Mas essa crença é distorcida e não ajuda a aprofundar o que de fato é ser "humano".

Um ponto cego nessa discussão é que ser "mais humana" não significa necessariamente ser "melhor": poluição, violência e desigualdades sociais são consequências, diretas ou indiretas, do que somos e de como agimos. Somos capazes de mentir, enganar e corromper tanto mais do que gostaríamos, e isso faz parte da nossa natureza. Os recentes fatos com tradicionais líderes espirituais no Brasil envolvidos com escândalos sexuais mostram essa humanidade. Não somos seres coerentes. Inventamos e acreditamos em narrativas para defendermos aquilo que queremos, por mais distorcido que pareça para outros. Frequentemente ignoramos o impacto das nossas ações em nosso bem-estar futuro, ou ainda rejeitamos mudanças mesmo reconhecendo que elas são necessárias.

Organizações são essencialmente criações humanas e, como tais, manifestam aquilo que somos. Corrupção de governos, esquemas ponzi, ocultação de dados de poluição e polarização social como tática de atração de usuários são práticas bem recentes de grandes e admiradas organizações.

Os Nobels George Akerlof e Joseph Shiller argumentam que organizações (criadas e dirigidas por nós) estão constantemente explorando nossas fraquezas e ignorância para nos manipular. Se existe algo passível de ser desenvolvido para nos enganar, alguém o fará, eles concluem.

Mas esse lado negro não diminui nossa capacidade de progredir. Fácil listar milhares de realizações sociais e científicas que desenvolvemos ao longo da nossa jornada: vivemos mais, temos mais acesso à alimentação, medicações, informação, transporte, bem menos guerras e mortes violentas que no passado.

Além disso essas realidades opostas de criação e destruição, de ajuda ou exploração, convivem bem próximas. Walt Disney, apesar da transformação que causou na indústria de entretenimento, era autocrático e demitia rudemente pessoas que discordavam dele em discussões banais. Outro exemplo: narcisismo e arrogância estão fortemente correlacionados com a personalidade de empreendedores, que assumem muitos dos riscos que nos permitem evoluir como civilização.

Mas, como gestores, evitamos falar abertamente sobre esses temas, ou tentamos controlá-los, represando o que depois se torna grande o suficiente para explodir de forma patológica. Recentemente, várias empresas de tecnologia precisaram ser denunciadas para tomar providências em situações fora de controle, como o assédio sexual e moral que estão impregnados em sua culturas.

Organizações podem sim se tornar mais alinhadas com o que de fato é "humano". O modelo predominante de máquina supõe indivíduos como partes em uma grande engrenagem, que precisam ter padrões de comportamento específicos, mensuráveis, para a eficiência do conjunto. A maioria das discussões sobre o "humano" dentro das organizações acontece de forma a encaixá-lo nesses mecanismos supostamente eficientes: temos que selecioná-los, treiná-los e condicioná-los com incentivos para que eles desempenhem sua parte na tarefa.

Mas diversos estudos mostram o quanto a nossa natureza prevalece: os líderes de fato não são os que ocupam posições de liderança mas os que surgem informalmente através das relações. A maioria das promoções ocorre pelo que parecemos e por quem nos relacionamos, e não pelo que realizamos. Os sucessos não vêm na maioria das vezes de planos, mas de causalidades.

No fim, a máquina funciona, mas com muita perda, ineficiência e desgastes ao, forçosamente, se adaptar a como de fato somos. Tentamos condicionar o que sabemos sobre os humanos dentro desses modelos limitados, enquanto devíamos aceitar nossa natureza orgânica de como vivemos e interagimos, potencializando nossas capacidades e convivendo como nossas limitações. Devemos ser otimistas em relação ao nosso futuro, mas realistas sobre o que de fato somos e as possibilidades boas ou ruins que podemos criar.

Claudio Garcia é vice-presidente executivo de estratégia e desenvolvimento corporativo da consultoria LHH, baseado em Nova York

Excepcionalmente hoje não publicamos a coluna Vaivém

Fonte - Link https://mobile.valor.com.br/carreira/6045973/uma-empresa-mais-humana-nao-e-necessariamente-melhor

Fim