domingo, 9 de abril de 2017

Brasil Ainda Vive o Hype do Blockchain - ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS PARA REDES DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICAS e Para ECOSSISTEMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICOS - SEGURANÇA DE LÓGICA QUÂNTICA

Brasil Ainda Vive o Hype do Blockchain - ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS PARA REDES DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICAS e Para ECOSSISTEMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICOS - SEGURANÇA DE LÓGICA QUÂNTICA

1. Transcrições extraídas​ da matéria constante do item 11 abaixo:

A) "A Microsoft é outro gigante da tecnologia bastante interessada na evolução do Blockchain";

B) "Não por acaso, coube a Gustavo Paro, FSI Senior Industry Solution Executive e Blockchain specialist da companhia, mediar o painel sobre Maturidade e Adoção de Blockchain no Brasil, com presença de representantes do Bradesco, do Itaú e da KPMG";

C) "De fato, os bancos têm trabalhado em conjunto no desenvolvimento de modelos de uso de Blockchain em áreas como prevenção à fraude, pagamentos, compartilhamento de cadastro e registro de informação e na avaliação de qual plataforma é melhor para cada modelo de uso";

D) "São várias as provas de conceito (PoCs) para testar tecnologia e impacto no negócio, mas piloto mesmo talvez este ano ainda, mas mais provavelmente em 2018*;

E) "O governo do Canadá, em parceria com empresas privadas (Accenture, SAP, IBM, Nasdaq, PepsiCo, entre outras)  e startups, decidiu criar o Blockchain Reserch Institute, em Toronto, para reunir as mentes mais brilhantes dos setores público, privado e da academia em torno do desenvolvimento do Blockchain, considerando inicialmente as necessidades de oito setores, incluindo energia, mídia, tecnologia, saúde e governo";

F) "A intenção é a de que executivos C-level das empresas associadas (é preciso pagar 200 mil dólares para isso) se envolvam com os mais de 50 projetos de aplicação do blockchain envolvendo regulamentação, TOKENIZAÇÃO, Internet das Coisas e por aí vai".

Considerações sobre matéria transcrita no item 11 abaixo

1.1 A tendência natural é surgirem "ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS PARA REDES DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICAS e para ECOSSISTEMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICOS", mas como tanto "ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS", quanto "REDES DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICAS" e quanto "ECOSSISTEMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICOS" só MAXIMIZAM O RETORNO DO INVESTIMENTO, SUA EFICIÊNCIA e EFICÁCIA, se estiverem, TODOS, INTEGRADOS E INTERCONECTADOS, durante as "EXPERIÊNCIAS ELETRÔNICAS", dos "CLIENTES DIGITAIS", no "MUNDO VIRTUAL", para que o "CLIENTE DIGITAL", que esteja na "REDE DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS A", compre um "PRODUTO DIGITAL" ou um "SERVIÇO DIGITAL", na "REDE DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS B", sem sair da "REDE DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS A", a tendência, natural e lógica, é que haja INTEROPERABILIDADE entre "ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS" e entre  "ECOSSISTEMAS DE BLOCKCHAIN ESPECÍFICOS", "REDES DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICAS" e "ECOSSISTEMAS DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS ESPECÍFICOS", mas para que tais INTEROPERABILIDADES EXISTAM é necessário desenvolvimento, COLABORATIVO, entre todas as "ORGANIZAÇÕES DIGITAIS", que sejam e que não sejam do mesmo SETOR ECONÔMICO DIGITAL e entre todas as "ORGANIZAÇÕES DIGITAIS", que sejam e que não sejam da mesma ATIVIDADE ECONÔMICA DIGITAL, com FOCO EM ELEVADOS PADRÕES INTEROPERÁVEIS DE SEGURANÇA.

2. Foi por causa de nossas preocupações com segurança, na transformação digital, que na análise citada no item 10 abaixo, bem como no projeto base para criação da economia digital (vide itens 2.2 e 2.3 a seguir), fizemos sugestões de padrões de segurança para IoT para o Brasil e para os demais países do mundo, descritos a seguir, endereçadas à Agência Nacional de Telecomunicações-ANATEL, empresas de TI (provedores de soluções tecnológicas para outras empresas), áreas de TI das empresas que criam produtos e serviços digitais, "em seus sistemas legados", e para o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, retirados do “Projeto de Segurança de Lógica Quântica - Módulo 06/33” (vide item 2.4 abaixo).

Início da transcrição

2.1 Sugestões de Padrões de Segurança Para IoT no Brasil - Incorporação de novas “Metodologias da Nova Inteligência Organizativa da Programação Utilizadas Para Criação do “Sistema Operacional TOTAL” e do “Programa de Virtualização TOTAL”, cujo detalhamento pode ser encontrado nas lâminas 82 a 91 e 259 a 275, do “Planejamento Estratégico Para Criação de Economia Digital no Brasil e no Mundo - Parte 01”, link http://www.rogerounielo.blogspot.com.br/2016/01/economia-digital-planejamento.html, também, disponível no YouTube, link https://youtu.be/UeBjJZ7ttK0, a partir dos 06 minutos e 46 segundos e 22 minutos e 04 segundos, respectivamente, e nas lâminas 106 a 138 desse mesmo planejamento, a partir dos 08 minutos e 45 segundos, a seguir transcritas, que sugerimos sejam analisadas pelos especialistas de tecnologia da informação das “Organizações da Era Industrial” e pelos especialistas de tecnologia da informação das “Organizações da Era Eletrônica”, base sob a qual será construída a “Era Digital”:

a) Biblioteca de “Peças Lego Virtuais de Programações Orientadas a Objeto” - Geral;

b) BIBLIOTECA - CADASTRO - Registra Onde a “Peça Lego Virtual de Programação Orientada a Objeto” é Utilizada;

c) BIBLIOTECA DE PROGRAMAÇÃO - “Peças Lego Virtuais de Programações Orientadas a Objeto”;

d) Sequência Lógica de Encadeamento das “Peças Lego Virtuais de Programações Orientadas a Objeto” Contendo Instruções da Programação;

e) Linha de Programação - Estrutura - Composição;

f) Sequência Lógica de Encadeamento do Processamento dos Programas;

g) Sequência Lógica de Encadeamento do Processamento de Sistemas;

h) Visualização da Linha de Programação Pelo Usuário;

i) Arquitetura de TI Padrão (Era Industrial).

Final da transcrição

2.2 ÍNDICE DO MANUAL ESTRATÉGICO, TÁTICO, TÉCNICO, TECNOLÓGICO, JURÍDICO DIGITAL, OPERACIONAL E INTRODUTÓRIO DO PROCESSAMENTO GEOMÉTRICO QUÂNTICO DIVULGADO EM 02/09/2016 - Fonte - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2016/08/destinatarios-organizacoes-publicas.html

2.3 Nova Ordem Mundial - Projeto Base - Criação de Moeda Digital Única - Módulo 03/33 - Evite Fracassos Com a Transformação Digital - Manual Estratégico, Tático, Técnico, Tecnológico, Jurídico Digital, Operacional e Introdutório do Processamento Geométrico Quântico - PARTE 01 - Índice e item 1 - Fonte - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2016/02/evite-fracassos-com-transformacao.html

2.4 “Projeto de Segurança de Lógica Quântica - Módulo 06/33”, nas lâminas 139 a 246, do “Planejamento Estratégico Para Criação de Economia Digital no Brasil e no Mundo - Parte 01”, link http://www.rogerounielo.blogspot.com.br/2016/01/economia-digital-planejamento.html, disponível, também, no YouTube, link https://youtu.be/UeBjJZ7ttK0, a partir dos 11 minutos e 28 segundos, bem como, também, descrita, nos itens 15.1 a 15.6, anteriores -- PARTE 19 - Item 12.8.1 a Item 18.13.2 - Fonte - Link http://rogerounielo.blogspot.com.br/2016/11/nova-ordem-mundial-projeto-base-criacao_4.html  -- com a adoção de CERTIFICAÇÃO DIGITAL E DE ASSINATURA DIGITAL, NO PADRÃO ICP-BRASIL, REGULADO PELO ARTIGO 1º, DA MEDIDA PROVISÓRIA 2.200-2, DE 24/08/2001, OU EM PADRÃO DE CERTIFICAÇÃO DIGITAL E DE ASSINATURA DIGITAL INTERNACIONAL, A SER DESENVOLVIDO, FUNCIONANDO O “COMPILADOR DE MÚLTIPLAS ARQUITETURAS DIFERENTES”, SEGUNDA PARTE, EM CÓDIGO ABERTO, conhecida, apenas, entre o Bank for International Settlements-BIS e o “Banco Central A” e o “Banco Central B”, para processar as trocas de informações de pagamentos internacionais e sensibilização de reservas bancárias entre o “País A” e o “País B”, por exemplo, E OS CERTIFICADOS DIGITAIS E AS ASSINATURAS DIGITAIS, NACIONAIS E INTERNACIONAIS, COMO MECANISMOS DE SEGURANÇA, ADICIONAIS, além da utilização dos 27 (vinte e sete) “Modos de Segurança”, de lógica quântica, citados anteriormente.

3. Será grande o esforço das organizações, no Brasil e no resto do mundo, para se ajustarem ao mesmo padrão de tecnologia da informação e de SEGURANÇA, orientado ao conceito de objeto e ao “conceito lego”, em diversos níveis, para poderem criar “Redes de Relacionamentos Virtuais” e participarem de “Redes de Relacionamentos Virtuais”, de outras organizações, integradas as “Bancos Digitais” de diversas organizações financeiras e não financeiras, no Brasil e no resto do mundo, e para poderem, também, operar  integradas ao “Projeto de Arquitetura Aberta de Programação de Tecnologia de Informação Para Construção de Sistema de Pagamentos Nacional e Internacional Por Bancos Centrais - Módulo 01/33” protocolado, registrado e digitalizado, em 25/06/2015, sob o nº 896494, no 1º Ofício do Registro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Brasília-DF (Cartório Marcelo Ribas), Setor Comercial Sul-SCS, Quadra 08, Bloco B-60, Sala 140-E, 1º andar, Edifício Venâncio 2000, CEP 70.333-900, Fone - (61) 3224-4026.

3.1 Vídeo Disponível no YouTube - link https://youtu.be/PkQbM_jLCug

3.2 Slides contendo a descrição da arquitetura de TI, citada no item anterior, estão disponíveis no link http://www.rogerounielo.blogspot.com.br/2015/07/arquitetura-de-ti-lego-para-construcao_34.html 

4 . Se não houver, no Brasil e no resto do mundo, a construção das “Redes de Relacionamentos Virtuais”, com base em uma mesma visão e com base em tecnologias flexíveis, a “Organização 01” faz esforço tecnológico para se adaptar ao “Banco Digital A” e à “Rede de Relacionamento Virtual A”, no Momento 01.

5. No Momento 02 (Seis meses depois), a mesma “Organização 01” deve fazer novo esforço tecnológico para se adaptar ao padrão tecnológico do “Banco Digital B” e da “Rede de Relacionamento Virtual B”.

6. Se essa “Organização 01” operar com 12 bancos digitais, sendo 06 de propriedade de instituições financeiras e 06 de propriedade de instituições não financeiras, e desejar participar de 300 “Redes de Relacionamentos Virtuais”, demorará uma eternidade para se ajustar a cada um dos padrões tecnológicos, INCLUSIVE AOS PADRÕES TECNOLÓGICOS DE SEGURANÇA, que lhe serão impostos por cada parceiro e parceria e, quando necessitar promover ajustes na programação, canal, interface de canal, sistemas, aplicativos, com cada um dos 12 bancos digitais ou com cada uma das 300 “Redes de Relacionamentos Virtuais”, deverá fazer esforços tecnológicos, constantes, sucessivos e cada vez mais caros.

7. A partir de determinado momento, o consumo de estrutura tecnológica da “Organização 01” será tão grande que essa organização terá perda de eficiência, eficácia e resultados, na medida em que cresce na economia digital e do conhecimento. No final, apesar de todos os esforços da “Organização 01” e do emprego de vultosos recursos, tenderá a perder, cada vez mais, competitividade, na economia digital do conhecimento, à medida que o tempo passa, considerando que a velocidade das mudanças nesse tipo de mercado é cada vez maior, a intervalos de tempo cada vez menores.

8. Por esses motivos expostos anteriormente, é ALTAMENTE recomendável que as organizações empresariais e não empresariais, da iniciativa pública e privada, bem como as instituições financeiras e respectivos órgãos reguladores como Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central do Brasil-Bacen, Federação Brasileira de Bancos-Febraban, Banco Central dos Bancos Centrais-BIS, formem um grupo multidisciplinar, com participantes do Brasil e do exterior, para discutir um projeto, comum, de criação de “Redes de Relacionamentos Virtuais”, “Banco Digital” e “Sistema de Pagamentos”, nacional e internacional, que operem integrados, no Brasil e no resto do mundo, para que o esforço de construção da “Economia do Conhecimento”, no Brasil e no resto do mundo, seja o menor possível, com observância de paradigmas, INOVADOREE E SEGUROS, diferentes daqueles que hoje se utiliza para viabilizar, tecnologicamente, os atuais sistemas de tecnologia da informação.

9. Face o exposto, sugerimos à ANATEL, manter entendimentos com as empresas de TI (provedores de soluções tecnológicas para outras empresas), com as áreas de TI  das empresas que criam produtos e serviços, digitais, "em seus sistemas legados", e com o INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, visando discutir padronização, mínima, DE MERCADO, na forma de AUTO-REGULAÇÃO, por exemplo, para identificação digital de pessoas físicas e para identificação digital de pessoas jurídicas, não como uma regulamentação de IoT, mas como FUNDAMENTO, BÁSICO, PARA O DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE DA IOT NO BRASIL, CONSIDERANDO QUE ERROS DE CONCEPÇÃO INICIAL, EM PROJETO DESTA MAGNITUDE, COMO POR EXEMPLO, ERROS DE CONCEPÇÃO PARA SEGURANÇA, PARA REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS, PODE PROVOCAR ELEVADOS PREJUÍZOS E O DISPERDÍCIO DE BILHÕES DE REAIS EM INVESTIMENTOS.

10. Título da análise - Anatel Descarta Criação de Regulamento Para IoT - Como TRADUZIR a Linguagem Jurídica Para a LINGUAGEM TECNOLÓGICA Sem Necessidade de Criação de Novas Leis Para IoT no Brasil - REQUISITOS MÍNIMOS PARA IMPLANTAÇÃO DE IOT NO BRASIL: Empresas de TI (Provedores de Soluções Tecnológicas Para Outras Empresas) e Áreas de TI  Das Empresas Que Criam Produtos e Serviços Digitais, "Em Seus Sistemas Legados", Implementado PROCESSOS DE SEGURANÇA e de IDENTIFICAÇÃO DIGITAL Das Partes Contratantes de NEGÓCIOS JURÍDICOS DIGITAIS - Vide Item 2.2.10: Sugestões Para IDENTIFICAÇÃO DIGITAL Das Partes Contratantes de NEGÓCIOS JURÍDICOS DIGITAIS - Vide Item 2.2.11: Sugestões de Encaminhamento à ANATEL, Empresas de TI (Provedores de Soluções Tecnológicas Para Outras Empresas), Áreas de TI  das Empresas Que Criam Produtos e Serviços Digitais, "Em Seus Sistemas Legados", e Para o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - Vide Item 2.2.12: Sugestões de Padrões de Segurança Para IoT no Brasil - Fonte - Link https://rogerounielo.blogspot.com.br/2017/02/anatel-descarta-criacao-de-regulamento.html

11. Início dá transcrição da matéria:

Brasil ainda vive o hype do Blockchain

A Microsoft é outro gigante da tecnologia bastante interessada na evolução do Blockchain

Não por acaso, coube a Gustavo Paro, FSI Senior Industry Solution Executive e Blockchain specialist da companhia, mediar o painel sobre Maturidade e Adoção de Blockchain no Brasil, com presença de representantes do Bradesco, do Itaú e da KPMG

De fato, os bancos têm trabalhado em conjunto no desenvolvimento de modelos de uso de Blockchain em áreas como prevenção à fraude, pagamentos, compartilhamento de cadastro e registro de informação e na avaliação de qual plataforma é melhor para cada modelo de uso

São várias as provas de conceito (PoCs) para testar tecnologia e impacto no negócio, mas piloto mesmo talvez este ano ainda, mas mais provavelmente em 2018

O governo do Canadá, em parceria com empresas privadas (Accenture, SAP, IBM, Nasdaq, PepsiCo, entre outras)  e startups, decidiu criar o Blockchain Reserch Institute, em Toronto, para reunir as mentes mais brilhantes dos setores público, privado e da academia em torno do desenvolvimento do Blockchain, considerando inicialmente as necessidades de oito setores, incluindo energia, mídia, tecnologia, saúde e governo

A intenção é a de que executivos C-level das empresas associadas (é preciso pagar 200 mil dólares para isso) se envolvam com os mais de 50 projetos de aplicação do blockchain envolvendo regulamentação, TOKENIZAÇÃO, Internet das Coisas e por aí vai

Tecnologia - 07 de abril de 2017 às 08h51

Estamos dois passos atrás dos países mais avançados, que já começam a realizar as primeiras provas de conceito da tecnologia para além da área financeira. Mas isso pode ser uma vantagem

Cristina De Luca

Ok. Você tem ouvido falar muito em Blockchain. 

E a tendência é que as conversas em torno da tecnologia continuem a dominar as rodas de debate sobre modelos de negócio disruptivos, a medida que mais setores econômicos comecem a examinar, em maior profundidade, os impactos que ela provocará no modo como hoje transacionamos mercadorias e serviços. 

Especialmente no Brasil, onde para muitos participantes da Emerging Links, primeira conferência internacional de Blockchain no Brasil, encerrada nesta quinta-feira em São Paulo, ainda vive a fase de hype, enquanto países mais avançados, como Estados unidos e Canadá, já começam a realizar as primeira provas de conceito, para além da área financeira e do BitCoin.

Por aqui, o setor financeiro tem feito progressos rápidos, principalmente quando se fala de transmissão de valores e em contratos inteligentes que se auto-executam com base em regras acordadas entre as partes, granado consenso e confiança pública sem a necessidade de um intermediário. 

Da mesma forma, o agronegócio e diversas outras verticais, como as de serviços de saúde e serviços cartorários, já se dedicam a estudar novos usos para o Blockchain. 

No caso dos bancos e dos cartórios, nitidamente interessados em dar um novo valor para a intermediação que prestam, em um mundo que caminha fortemente para a desintermediação das transações. 

O mundo caminha para a segunda geração da Internet, como afirma o escritor e futurólogo canadense Don Tapscott, estrela da conferência.

O agronegócio, por sua vez, vê no Blockchain uma forma de melhorar a rastreabilidade de produtos; certificar a origem de produtos; oferecer preços justos a partir das reduções dos custos das transações em cada elo da cadeia formada do campo à mesa do consumidor. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Walmart está testando Blockchain para rastrear alfaces, carnes e doces das fazendas e fábricas onde são produzidos, até as prateleiras de suas lojas. 

Aqui no Brasil, a empresa é cliente da Agrotools, que acaba de fechar uma parceria com a IBM Brasil para o desenvolvimento da IBM AgriTech, uma plataforma geo-cognitiva, aberta, neutra e agnóstica que permita a circulação de dados e a extração de insights. 

A Agritech combina serviços da Agrotools com a expertise da IBM em computação cognitiva e Blockchain.

Se já estivesse em uso, essa plataforma da IBM com a Agritools poderia ter ajudado o governo, os frigoríficos e os próprios varejistas a conterem mais rapidamente os efeitos da operação "Carne Fraca", identificando rapidamente os lotes com problema, retirando-os do mercado, comenta Ferando Martins, da Agritools. 

Não por acaso, Carolina Wosiack, mediadora do painel que debateu inovação na agricultura durante a Emerging Links, afirmou taxativamente que crises, escândalos e a pressão regulatória são fatores que ajudarão a impulsionar o uso de Blockchain no segmento.

A Microsoft é outro gigante da tecnologia bastante interessada na evolução do Blockchain. 

Não por acaso, coube a Gustavo Paro, FSI Senior Industry Solution Executive e Blockchain specialist da companhia, mediar o painel sobre Maturidade e Adoção de Blockchain no Brasil, com presença de representantes do Bradesco, do Itaú e da KPMG. 

Diferentemente do agronegócio, fica claro que no caso dos bancos, o Blockchain vem sendo olhado mais como tecnologia em busca de um problema do que uma solução para questões do negócio.  

Talvez por isso, o painel tenha se debruçado sobre um dos grandes problemas de implementação do Blockchain, a interoperabilidade entre "os seus diversos sabores".

E aqui cabe abrir um parêntese. O Blockchain original funciona como um banco de dados e uma rede ponto a ponto em que registros de transações ficam distribuídos entre milhares de computadores. 

A distribuição e a criptografia do registro garantem a integridade da transação, sendo impossível adulterá-la. 

Esse banco de dados pode registrar qualquer tipo de informação estruturada, não apenas quem pagou a quem, mas também quem se casou com quem, quem possui qual terra ou que lâmpada usou energia de qual fonte. 

Isso faz com que seja adequado à internet das coisas, porque será preciso estabelecer trilhões de transações em tempo real entre objetos, algo que as instituições financeiras, por exemplo, não conseguirão fazer.

Desse conceito originaram-se mais de 40 plataformas de Blockchain, com o objetivo de dar segurança nas transações entre pessoas e organizações, algumas preservando o modelo Open Source do Blockchain, e outras sendo desenvolvidas como soluções proprietárias. 

Entre os destaques estão as plataformas Ethereum, que tem apoio da Microsoft; a Hyperledger, uma iniciativa da IBM; e a Corda, nascida dentro do Consórcio R3 - que reúne mais de 50 instituições financeiras em nível global -, mas que caminha para ser incorporada ao Projeto Hyperledger.

O Hyperledger é um projeto guarda-chuva com diversas iniciativas. 

Uma delas é conduzida pela própria IBM, dando continuidade ao desenvolvimento do código original da empresa denominado Hyperleger Fabric. 

Outra frente é o Saw Tooth Lake, liderado pela japonesa NTT. 

E por fim, o Corda, do R3, que, no final de 2016, decidiu tornar sua plataforma Open Source, aderindo ao Projeto Hyperledger.

"O Hyperleger e o Corda, o Ethereum utiliza protocolo aberto e seu desenvolvimento é feito por uma comunidade de mais de 30 mil desenvolvedores". 

"Além disso, criou-se o Consórcio Enterprise Ethereum Alliance com participação inicial de 30 dos mais influentes integrantes da Indústria de finanças, tecnologia, e startups de Blockchain", comenta Paro.

A Microsoft é um dos participantes desse grupo, cujo objetivo é endereçar a questão da interoperabilidade entre os diversos Blockchains privados. 

Tanto o Corda, via Consórcio R3, quanto o Hyperledger, possuem ou participam de iniciativas parecidas. 

Já a IBM aposta no modelo de redes de negócios fechadas e permissionadas, com participantes conhecidos e governança coordenada entre eles.

De um modo geral, os participantes do painel coordenado por Paro acreditam que continuarão existindo várias plataformas, cada uma com uma função específica. 

Haverá empresas usando mais de uma rede e é possível que, no futuro, seja necessário algum tipo de integração entre plataformas. 

Na opinião de George Marcel, do Bradesco, Igor Freitas, do Itau e Alan de Genaro, da B3 (resultado da fusão da BM&FBovespa com a Cetip) a interoperabilidade é importante e sua falta pode comprometer o conceito do blockchain. 

Mas nenhum deles acredita que haverá uma única plataforma padrão, como chegou a cogitar Oliver Cunningham, da KPMG.

Oliver acredita que haverá uma base comum, um DLT (Distributed Ledger Technology) público em cima do qual outros, um ou dois para cada vertical, serão construídos. "Não faz sentido ter dezenas de DLTs para o mesmo setor".

De fato, os bancos têm trabalhado em conjunto no desenvolvimento de modelos de uso de Blockchain em áreas como prevenção à fraude, pagamentos, compartilhamento de cadastro e registro de informação e na avaliação de qual plataforma é melhor para cada modelo de uso. 

São várias as provas de conceito (PoCs) para testar tecnologia e impacto no negócio, mas piloto mesmo talvez este ano ainda, mas mais provavelmente em 2018.

"O desenvolvimento em torno de Blockchain aqui no Brasil tem sido colaborativo. Nós temos que desenvolver juntos a solução". 

"No grupo de trabalho da Febraban nós estamos trabalhando em mais uma PoC de compartilhamento de cadastro, usando  Hyperledger Fabric, depois de ter feito uma na E3 usando Corda, justamente para entender melhor qual das plataformas é mais adequada", comenta George Marcel, do Bradesco.  

"Se nós formos implementar alguma coisa em produção nesse momento, vamos ter que concordar sobre qual plataforma usar, justamente por não ter interoperabilidade",  completa.

Governança

Don Tapscott endereçou outro problema importante para que o Blockchain possa, de fato, desenvolver todo o seu potencial: governança. 

Servindo-se da analogia que ele mesmo faz do Blockchain como base da segunda geração da Internet, Don acredita que falta a ele uma governança sofisticada, baseada em consenso, como a que existe hoje para a Internet. 

"Há estruturas, processos públicos para fazer as coisas. A Internet Engineering Task Force e o W3C Consortium desenvolvem padrões para a rede". 

"O Internet Governance Forum cria políticas para governos. A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann) cuida dos nomes de domínio", diz ele. É preciso que se faça o mesmo em torno do Blockchain.

Don enxerga o Blockchain como algo tão revolucionário como a Web, rodando sobre o TCP-IP. "É uma analogia complicada. Acredito que teremos uma grande plataforma pública, a Ethereum e várias plataformas segmentadas". 

"Nós teremos Blockchains que vão integrar outros Blockchains e outros onde a integração não existirá. Vejo algo como as intranets dos anos 1990. Muitas companhias, ou setores, vão começar usando intranets, com ou sem conexão com a plataforma pública", completa.

Na sua opinião, o Blockchain púbico seria o Ethereum, onde há projetos em andamento para fazer tudo, desde criar um novo substituto para o mercado de ações, "até criar um novo modelo de democracia, e proteger a privacidade, que muitos acreditam ter acabado com a Internet", provoca.

"Privacidade é um direito humano fundamental e a base de uma sociedade livre. Está tremendamente mal informado quem diz que a privacidade morreu". 

"Basta que cada um de nós tenha a própria identidade em uma caixa-preta no Blockchain. Quando fizermos uma transação, será a caixa-preta que proverá as informações necessárias para concretizá-la e que coletará dados, e ninguém terá acesso a ela. Manteremos nossos dados e apenas se quisermos os venderemos para lucrar com isso", diz ele.

O Blockchain Ethereum foi desenvolvido por um canadense chamado Vitalik Buterin e, por enquanto, tem sido muito usado para construir contratos inteligentes. 

Mas recentemente, o governo do Canadá, em parceria com empresas privadas (Accenture, SAP, IBM, Nasdaq, PepsiCo, entre outras)  e startups, decidiu criar o Blockchain Reserch Institute, em Toronto, para reunir as mentes mais brilhantes dos setores público, privado e da academia em torno do desenvolvimento do Blockchain, considerando inicialmente as necessidades de oito setores, incluindo energia, mídia, tecnologia, saúde e governo.

A iniciativa lembra muito a das instituições americanas em torno da Internet. 

O objetivo é desenvolver os melhores modelos possíveis para que o Blockchain avance.

A intenção é a de que executivos C-level das empresas associadas (é preciso pagar 200 mil dólares para isso) se envolvam com os mais de 50 projetos de aplicação do blockchain envolvendo regulamentação, TOKENIZAÇÃO, Internet das Coisas e por aí vai.

Durante um ano, a entidade conduzirá uma série de projetos materializados em  um relatório, um conjunto de dados, um website, ferramentas, MOOC ou outro dispositivo para compartilhar resultados. 

Também será realizada uma cúpula final, com participação restrita aos membros do programa e ao corpo docente, onde os resultados do programa serão compartilhados e discutidos.

Fonte - Link http://cio.com.br/tecnologia/2017/04/07/brasil-ainda-vive-o-hype-do-blockchain

Fim

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