terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Pesquisa IBGE de Inovação - Pintec 2014: Taxa de Inovação se Mantém Estável e Apoio Governamental Aumenta - OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO NO BRASIL NÃO SÃO APENAS ECONÔMICOS, MAS TAMBÉM TEM ORIGEM EM PARADIGMAS EMPRESARIAIS E ORGANIZACIONAIS QUE NECESSITAM SER ULTRAPASSADOS PELAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS E PELAS ORGANIZAÇÕES NÃO EMPRESARIAIS

Pesquisa IBGE de Inovação - Pintec 2014: Taxa de Inovação se Mantém Estável e Apoio Governamental Aumenta - OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO NO BRASIL NÃO SÃO APENAS ECONÔMICOS, MAS TAMBÉM TEM ORIGEM EM PARADIGMAS EMPRESARIAIS E ORGANIZACIONAIS QUE NECESSITAM SER ULTRAPASSADOS PELAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS E PELAS ORGANIZAÇÕES NÃO EMPRESARIAIS



1. Avaliando a pesquisa IBGE sobre inovação, parcialmente transcrita no item 3 abaixo, observa-se algumas coisas importantes sobre inovação no Brasil, conforme itens seguintes.

1.1 "Entre 2012 e 2014, 36,0% das 132.529 empresas brasileiras com 10 ou mais trabalhadores fizeram algum tipo de INOVAÇÃO EM PRODUTOS OU PROCESSOS".

1.1.1 INOVAR EM PRODUTOS ou INOVAR em PROCESSOS é problemático quando são alterações incrementais no "MESMO MODELO DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" ou apenas ajustes em "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" para adaptar referidos "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" à "ERA DIGITAL", para digitizar a infraestrutura eletrônica fora do "Contexto das Experiências Eletrônicas", dos "Clientes Digitais", no "Mundo Virtual", quando essa forma de digitização não consegue interagir com a EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS", INTERLIGADOS e INTEGRADOS, de forma horizontal e de forma vertical, na economia digital, e quando essa forma de digitização não consegue interagir com o "Contexto das Experiências Eletrônicas", dos "Clientes Digitais", no "Mundo Virtual", onde "produtos digitais" e "serviços digitais" devem ser "ofertados digitalmente" em qualquer "ECOSSISTEMA DIGITAL" em que o "Cliente Digital" esteja necessitando do mesmo "produto digital" e/ou do mesmo "serviço digital".

1.1.2 "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" adaptados para a "ERA DIGITAL" não são sustentáveis e não vai conseguir sobreviver à EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS", INTERLIGADOS e INTEGRADOS, de forma horizontal e de forma vertical, na economia digital.

1.1.2.1 "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" adaptados para a "ERA DIGITAL" não são sustentáveis e não conseguem capturar a contribuição da inovação, conforme tratado na matéria do The Wall Street Journal, constante do item 4 abaixo, reproduzida parcialmente a seguir:

A) "Em vários aspectos, parece que estamos vivendo uma era dourada da inovação. Todos os meses vemos novos avanços em inteligência artificial, terapia genética, robótica e aplicativos";

B) "Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento como fatia do produto interno bruto dos Estados Unidos estão perto de níveis recordes. Nunca houve tantos cientistas e engenheiros no país como agora";

C) "Mas nada disso se traduz em melhorias significativas no padrão de vida dos americanos";

D) "As economias crescem quando uma força de trabalho crescente recebe mais capital como equipamentos, software e prédios, e então combinando capital e trabalho de forma mais criativa";

E) "Este último elemento, chamado de “fator total de produtividade”, captura a contribuição da inovação".

1.1.3 Para que as "Organizações da "Era Industrial" sobrevivam à disrupção digital terão que passar, necessariamente, por árduo e doloroso PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, MUDANDO SEUS PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE MODELOS DE NEGÓCIOS, PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS, PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE SERVIÇOS E PARADIGMAS DE CRIAÇÃO DE PROCESSOS ELETRÔNICOS PARA ABARCAR DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS DIGITAIS.

1.1.3.1 Não se consegue a verdadeira TRANSFORMAÇÃO DIGITAL por meio de alterações incrementais no "MESMO MODELO DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" ou, apenas, por meio de ajustes em "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" para adaptar referidos "MODELOS DE NEGÓCIOS DA ERA INDUSTRIAL" à "ERA DIGITAL", ou seja, a pesquisa de inovação do IBGE demonstra, em cotejo com as tendências futuras de mercado, que se as empresas brasileiras continuarem, apenas, com INOVAÇÃO EM PRODUTOS OU PROCESSOS, que estariam fadadas a desaparecer diante da iminente EXPLOSÃO e EXPONENCIAÇÃO de "INÚMEROS SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS" e de "INÚMERAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS", INTERLIGADOS e INTEGRADOS, de forma horizontal e de forma vertical, na economia digital.

2. Além disso, a transformação digital da "ORGANIZAÇÃO DA ERA INDUSTRIAL" para "ORGANIZAÇÃO DA ERA DIGITAL" não pode ser feita de qualquer maneira, sem planejamento, sem métodos adequados, sem técnicas, sem técnicos ou sem cultura digital, adequados, pois agir sem essas condicionantes para passar de "ORGANIZAÇÃO DA ERA INDUSTRIAL" para "ORGANIZAÇÃO DA ERA DIGITAL", é receita certa para o fracasso.

2.1 Informamos que foi disponibilizado no Google Drive a pasta pública (WEB) “ECONOMIA DIGITAL - DIGITAL ECONOMY”, conforme link abaixo, contendo 25 arquivos da “Nova Ordem Mundial - Projeto Base - Criação de Moeda Digital Única - Evite Fracassos Com a Transformação Digital - Manual Estratégico, Tático, Técnico, Tecnológico, Jurídico Digital, Operacional e Introdutório do Processamento Geométrico Quântico nº 01”, objetivando COMPARTILHAR CONHECIMENTO, razão pela qual solicito encaminhar essas informações para a área de inovação de sua organização. Obrigado.


2.2 O arquivo “Evite fracassos na transformacao digital.docx” contém a espinha dorsal do projeto em questão (na página 01 desse arquivo está o índice para facilitar a localização dos assuntos de interesse da sua organização).

2.2.1 LOCALIZAÇÃO DO CONTEÚDO REGISTRADO EM CARTÓRIO - PARTE 01 - Índice e item 1.


2.2.2 Economia Digital - Transformação Digital - O que significa Ser um “Indivíduo Disruptivo”? - Internet das Coisas - Economia Digital - ANATEL - Mudança na Natureza das Telecomunicações - Transformação Digital - "BLOCKCHAIN"


2.3 Para evitar fracassos, NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, PARA INSERIR OS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS, BEM COMO AS ORGANIZAÇÕES, EMPRESARIAIS E NÃO EMPRESARIAIS, DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DE SERVIÇOS, NA ECONOMIA DIGITAL, CRIANDO SETORES ECONÔMICOS DIGITAIS E ATIVIDADES ECONÔMICAS DIGITAIS, são necessários muitos instrumentos como, por exemplo, “Data Center” (vide item 55 abaixo), definido por software, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 01, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA INFRA-ESTRUTURA DE TI, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 02, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA ARQUITETURA DE TI, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 03, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA INFRA-ESTRUTURA DE PROGRAMAÇÃO, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 04, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA ARQUITETURA DE PROGRAMAÇÃO e, finalmente, operando com NOVA INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA Nº 05, a ser aplicada na construção e na operacionalização de NOVA INFRA-ESTRUTURA DE SEGURANÇA, com TODAS referidas novas arquiteturas e com TODAS referidas novas infra-estruturas, citadas anteriormente, ORIENTADAS A VÁRIOS OBJETOS VIRTUAIS, ORIENTADOS A OBJETO, CONSTITUÍDOS POR VÁRIAS PEÇAS LEGO VIRTUAIS DE PROGRAMAÇÕES, ORIENTADAS A OBJETO, funcionando, simultaneamente, como “MÁQUINAS INDUSTRIAIS VIRTUAIS”, que produzem ELEMENTOS CONSTITUINTES DE PROCESSOS ELETRÔNICOS DIGITAIS, como Peças Lego Virtuais de Programações Orientadas a Objeto”, INTEROPERÁVEIS e INTERCAMBIÁVEIS, ENTRE SI, e, também, simultaneamente, INTEROPERÁVEIS e INTERCAMBIÁVEIS com as diversas “Experiências Eletrônicas”, dos “Clientes Digitais”, no Mundo Virtual”, permitindo DESENVOLVER e ALTERAR, com RAPIDEZ, FACILIDADE e SEGURANÇA, “produtos digitais”, “serviços digitais”, “processos digitais” e “modelos de negócios digitais”, para as diversas “Experiências Eletrônicas”, dos “Clientes Digitais”, no “Mundo Virtual”, a serem disponibilizados em diversas “Redes de Relacionamentos Virtuais” e a serem disponibilizados em diversos “Ecossistemas de Relacionamentos Virtuais”, o que gera inúmeros riscos operacionais, inúmeros riscos negociais, inúmeros riscos legais, inúmeros riscos de mercado, inúmeros riscos de segurança etc., razão pela qual o processo de transformação digital, da “Economia da Era Industrial”, para a “economia digital”, deve estar cercado de muitas precauções e cuidados, redobrados, das organizações em geral, do próprio Brasil, e dos demais países do mundo, e esse “Módulo 03/33 - Nova Ordem Mundial - Moeda Digital Única - Manual Estratégico, Tático, Técnico, Tecnológico, Jurídico Digital, Operacional e Introdutório do Processamento Geométrico Quântico nº 01”, descrito no item seguinte, se propõe a identificar essas possibilidades de fracassos, e PROPOR SOLUÇÕES PRÁTICAS, de como podem ser evitados referidos fracassos, pelas organizações, em geral, e pelos diversos países do mundo, por meio da análise de problemas estruturais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para setores econômicos digitais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para atividades econômicas digitais, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para a economia digital como um todo, geradores de riscos sistêmicos, relevantes, para “Organizações Digitais”, geradores de limites ao crescimento de setores econômicos digitais, geradores de limites ao crescimento de atividades econômicas digitais, geradores de limites ao crescimento da economia digital, como um todo, e, também, geradores de limites ao crescimento de “Organizações Digitais”, bem como incorpora, ainda, referido manual, sugestões de observância de alguns cuidados, indispensáveis, no processo de transformação digital, para que o CRESCIMENTO, EXPONENCIAL, DE NEGÓCIOS DIGITAIS, não trave ou inviabilize a expansão, futura, de “Organizações Digitais”, de setores econômicos digitais, de atividades econômicas digitais e da própria economia digital, como um todo, no Brasil e nos demais países do mundo.

3. Início da transcrição parcial da pesquisa:

Entre 2012 e 2014, 36,0% das 132.529 empresas brasileiras com 10 ou mais trabalhadores fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos, taxa próxima da apresentada no triênio anterior (35,7%).

É o que revela a Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014, que destaca também como o percentual de empresas inovadoras beneficiadas com algum incentivo do governo cresceu de 2009-2011 (34,2%) para 2012 a 2014 (40,0%).

OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO FORAM ECONÔMICOS

Na Pintec 2014, o elevado custo, como em todas as outras edições da pesquisa, ocupou o primeiro posto como obstáculo à inovação na indústria (86,0%), seguido pelos riscos (82,1%) e pela escassez de fontes de financiamento (68,8%).

A falta de pessoal qualificado vinha avançando posições no ranking, chegando a aparecer, em 2011, como o segundo maior entrave na indústria (72,5%).

Em 2014, esta categoria passou a ocupar a quarta colocação (66,1%). Os elevados custos também foram os obstáculos mais relevantes nos serviços (88,5%), enquanto no setor de eletricidade e gás, a primeira posição foi assumida pelos riscos (69,9%).

Na edição 2014 da Pintec, 17,0% das empresas inovadoras informaram ter utilizado pelo menos um dos métodos estratégicos para proteger suas inovações.

O principal foi o segredo industrial (10,7%) seguido pelo tempo de liderança sobre os competidores (6,5%) e a complexidade no desenho (5,7%).

Em 2014, das 47,7 mil empresas inovadoras em produto ou processo, 86,7% realizaram ao menos uma inovação organizacional ou de marketing, sendo 79,1% introduzindo ao menos uma inovação organizacional e 62,3% alguma inovação de marketing.

Comparando com o período anterior (2009-2011), esta proporção aumentou para todas as atividades. Naquele período, os mesmos percentuais haviam sido, respectivamente, 85,9%, 77,2% e 60,7%.

A Pintec mostra que 3,4% das empresas inovadoras (2.583 empresas) engajaram-se em atividades da biotecnologia em 2014. Para a nanotecnologia, este percentual foi de 1,8% (975 empresas).

Deste modo, registra-se, em relação ao período anterior (2011), um aumento de 41,9% no número de empresas com atividades em biotecnologia e uma queda de 13,8% em nanotecnologia.


Fim

4. Início da transcrição da matéria:

Falta de inovação é o principal entrave ao crescimento econômico

Por GREG IP

Atualizado Sexta-Feira, 9 de Dezembro de 2016 00:07 EDT

A China pode liderar na inovação: à dir., braço ortopédico que se conecta ao sistema nervoso criado em Shenzhen. PHOTO: THEODORE KAYE FOR THE WALL STREET JOURNAL

Em vários aspectos, parece que estamos vivendo uma era dourada da inovação. Todos os meses vemos novos avanços em inteligência artificial, terapia genética, robótica e aplicativos.

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento como fatia do produto interno bruto dos Estados Unidos estão perto de níveis recordes. Nunca houve tantos cientistas e engenheiros no país como agora.

Mas nada disso se traduz em melhorias significativas no padrão de vida dos americanos.

As economias crescem quando uma força de trabalho crescente recebe mais capital como equipamentos, software e prédios, e então combinando capital e trabalho de forma mais criativa.

Este último elemento, chamado de “fator total de produtividade”, captura a contribuição da inovação.

Seu crescimento atingiu o auge nos anos 50, com alta de 3,4% ao ano, à medida que inovações como eletricidade, aviação e antibióticos atingiam seu impacto máximo.

Desde então, essa produtividade só desacelerou, crescendo a uma média de 0,5% na década atual.

Com exceção da tecnologia de uso pessoal, melhorias na vida diária têm sido graduais, não revolucionárias.

Casas, eletrodomésticos e carros não mudaram muito em uma geração. Os aviões não estão voando mais rápido que nos anos 60.

Nenhum dos 20 remédios que precisam de prescrição mais vendidos nos EUA foi lançado nos últimos dez anos.

A queda na inovação é o principal motivo dos padrões de vida dos EUA terem estagnado desde 2000.

Sem uma virada, essa estagnação deve continuar, aumentando a crise que deixou a classe média tão insatisfeita.

Economistas debatem os motivos, mas há claramente várias forças em jogo. Os obstáculos para transformar ideias em produtos de sucesso comercial têm crescido.

Os frutos fáceis de colher na ciência, medicina e tecnologia já foram obtidos e os novos avanços são mais caros, mais complexos e mais propensos a fracassos.

A inovação vem através de tentativas e erros, mas a sociedade ficou menos tolerante ao risco.

As regulações elevaram as barreiras para a comercialização de novas ideias ao mesmo tempo em que direcionaram uma crescente fatia de esforços de inovação para metas com benefícios, como o ar mais limpo, que não elevam o produto interno bruto.

Ao mesmo tempo, uma tendência em direção à concentração industrial pode ter dificultado a vida dos recém-chegados.

Existe solução para a escassez de inovação. O capital é abundante, e tanto empresas tradicionais como jovens empreendedores estão fazendo apostas de alto risco em carros, viagens espaciais e drones, e alguns formuladores de políticas estão tentando tolerar mais risco para que essas apostas tenham sucesso.

“Houve uma explosão de inovações recentemente, especialmente na inteligência artificial, que serão concretizadas nos próximos 5 a 15 anos”, prevê Erik Brynjolfsson, economista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

“Podemos facilmente imaginar que quando elas amadurecerem e entrarem na economia, os efeitos serão surpreendentes.”

Ainda assim, com exceção da tecnologia da informação, os obstáculos para a inovação estão ficando maiores, não menores, principalmente na medicina.

Nos últimos 100 anos, vacinas, antibióticos e água potável derrotaram os grandes assassinos da humanidade. Hoje, a maioria dessas doenças tem tratamento.

O que sobrou, diz Jack Scannell, do Centro para o Avanço da Inovação Médica Sustentável da Universidade de Oxford, são doenças como o Alzheimer, para as quais os cientistas não têm uma teoria útil de tratamento.

Scannel e vários coautores estimam que o número de remédios aprovados nos EUA por dólar investido em pesquisa e desenvolvimento caiu pela metade a cada nove anos entre 1950 e 2000.

O número de aprovações cresceu desde então, embora 40% são para remédios que tratam doenças que atingem menos de 200 mil pessoas.

Laboratório da farmacêutica francesa Sanofi. O desenvolvimento de medicamentos revolucionários está desacelerando.
Laboratório da farmacêutica francesa Sanofi.

O desenvolvimento de medicamentos revolucionários está desacelerando. PHOTO: TONY LUONG FOR THE WALL STREET JOURNAL

A queda nos resultados positivos da pesquisa médica é ilustrada por um novo estudo de Charles Jones, da Universidade Stanford, e outros três autores.

Ele descobriu que nos dez anos antes de 1985, os anos de vida salvos através do tratamento de câncer de mama cresceram continuamente a cada ano, junto com o volume de pesquisa. Mas desde 1985, a redução na mortalidade desacelerou.

Eles calculam que cada novo teste publicado elevou 16 anos de vida por 100 mil pessoas em 1985, e esse número caiu para menos de um ano em 2006.

O mesmo padrão foi visto na agricultura e no setor de semicondutores: queda contínua de produtividade por pesquisador.

Os remédios são um reflexo do valor crescente dado à vida humana nas sociedades desenvolvidas.

Em 1960, 7% do P&D dos EUA era dedicado à saúde. Em 2007, ele era 25%, segundo outro estudo de Jones, da Stanford.

Isso significa que pesquisa médica absorve recursos de P&D que poderiam ir para produtos de consumo mais mundanos.

Para Jones, o aumento do valor da vida humana basicamente causa um crescimento menor de serviços e bens de consumo tradicionais, e eles representam a maior parte do PIB.

Desfazer os danos causados por inovações passadas — como a queima de combustíveis fósseis — ao meio ambiente e à saúde humana também está engolindo mais esforços de inovação, o que afeta o bolso do consumidor.

Nos EUA, a fatia do preço de um carro que paga pelas exigências dos reguladores de segurança e eficiência de combustível foi de zero em 1967 para 22% hoje, ou seja, US$ 5,5 mil em um carro de US$ 25 mil, segundo Sean McAlinden, economista do Centro para Pesquisa Automotiva, entidade patrocinada pelo setor.

Isso levou a benefícios genuínos: as mortes nas estradas caíram do fim dos anos 60 até recentemente, e o ar está mais limpo.

McAlinden nota que os consumidores talvez não adotariam esses recursos se tivessem escolha.

Os carros elétricos, por exemplo, custam mais e têm pior desempenho que os equivalentes à gasolina; as baterias reduzem o espaço e adicionam peso.

Mesmo com subsídios federais significativos, as vendas têm sido prejudicadas pelos baixos preços da gasolina.

Nos EUA, os veículos elétricos e híbridos juntos somaram 1,9% das vendas até o momento este ano, a menor desde 2006, segundo o site Edmunds.com.

Os carros elétricos não oferecem ainda “uma proposta de valor que atraia o consumidor de massa”, diz John Vieira, diretor de sustentabilidade da Ford Motor Co.

Ele cita o EcoBoost, tecnologia de injeção à gasolina desenvolvida pela Ford que atinge a mesma potência com menos cilindros, “obtendo economia de combustível sem perda de desempenho”.

“Ela aumenta o custo, mas o cliente quer pagar por esta tecnologia, ao contrário do veículo elétrico”, diz ele.

Muitos avanços tecnológicos vêm de poucas empresas ‘de fronteira’, como a Amazon.com PHOTO: ROBERT DAEMMRICH PHOTOGRAPHY INC/CORBIS VIA GETTY IMAGES

Tentativa e erro são a base da inovação, e erros às vezes matam pessoas. Queda de aviões, vazamento de lixo tóxico e crises financeiras continuamente levam a novas regras que tornam o mundo mais seguro, mas criam obstáculos para inovações futuras, como as regulações financeiras mais severas criadas após a crise de 2008, que limitaram os empréstimos para que cidadãos comprem casas e empresas financiem projetos.

Apesar desses problemas, a inovação continua e, em alguns campos, como internet e smartphones, a um ritmo frenético.

A Amazon.com Inc. está elevando a produtividade do varejo praticamente sozinha.

O J.P. Morgan observa que o varejista médio de internet nos EUA gera US$ 1,3 milhão em vendas por empregado, ante a média do varejo físico, de US$ 279 mil por empregado.

Como a fatia de mercado da Amazon cresceu, ela elevou a produtividade de todo o setor. Um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico revela, porém, que são as empresas de “fronteira”, que usam processos mais eficientes e tecnologia que têm obtido crescimento; nas empresas tradicionais, na verdade, ele caiu.

Em outras palavras, a produtividade está sendo contida pela incapacidade das rivais da Amazon, Facebook e Google de as alcançarem.

Os autores especulam que isso pode ocorrer porque as novas tecnologias são, de fato, uma combinação de tecnologias e processos empresariais difíceis de replicar e frequentemente protegidos por patentes.

Desde que as empresas de fronteira continuem inovando, a produtividade não recuará.

O risco é que, depois que a empresa se torna dominante, nenhum rival pode igualar sua rede, e inovação passa a ser menos necessária.

Diante desses obstáculos, qual a solução?

Jones, da Stanford, diz que hoje mais pesquisadores são necessários para produzir uma inovação com benefício equivalente aos obtidos no passado.

Isso significa que a sociedade terá que destinar mais recursos e pessoas para P&D apenas para manter a mesma taxa de crescimento.

Aprender com outros países também ajuda. Historicamente, os países mais pobres copiavam as ideias dos ricos.

Mas agora elas podem ir na direção oposta, já que há uma explosão de pesquisas na Índia e na China.

E os reguladores têm de ser mais tolerantes ao risco. Os carros autônomos são prova de que eles estão tentando.

Em maio, o americano Joshua Brown morreu ao bater seu Tesla, que estava no modo “piloto automático”.

O acidente poderia ter gerado uma repressão regulatória que suspenderia a pesquisa tecnológica.

Em vez disso, a agência de segurança rodoviária dos EUA divulgou, em setembro, uma orientação não obrigatória de como os fabricantes deveriam dar mais segurança aos seus sistemas.

“Estamos dando espaço para o setor criar abordagens de segurança que não havíamos vislumbrado”, diz Anthony Fox, secretário de Transportes dos EUA.



Fim

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